Entre a vida e a morte nas ruas
Pessoas em situação de rua sobrevivem com a reciclagem do lixo domestico e industrial, essas pessoas trabalham em meio...
Me chamo Layla, tenho 24 anos e sou de Carapicuíba, São Paulo. Sempre falo que a fotografia é meu lugar de consolo. Consolo porque é muito difícil para alguém como eu - mulher preta baixa renda - conseguir se desenvolver artisticamente enquanto está sobrevivendo. A arte por muitas das vezes nos é dada com essa proposta de se opor com nossa realidade, ao mesmo tempo que sem ela também não há como prosseguir. O consolo pra mim é quando consigo não me conformar em não ser o que nasci pra ser, em entregar o que nasci pra entregar. O consolo é meu refúgio quando muitos dizem não, mas minha arte diz sim e me acolhe. O consolo é minha alma sendo materializada em registros.
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