A maioria das crianças com diagnóstico de autismo são acompanhadas, nas suas rotinas de terapias, apenas por suas mães e/ou avós, numa espera solitária e algumas vezes difícil, dependendo da deficiência de seus filhos e do tipo de suporte que precisam.
Algumas pessoas se referem às mães de crianças com deficiência de “guerreiras” e assim não se permitem enxergar as fragilidades e dificuldades que essas mulheres têm, pois muitas vezes são abandonadas por seus companheiros e com pouco ou nenhum suporte familiar. E que além da falta de apoio dos pais de seus filhos, não trabalham pois não tem com quem deixar suas crianças, dependem do auxílio financeiro do governo, algumas saem do interior do Estado em busca de tratamento na capital e precisam sair de madrugada de suas casas, dentre tantas outras dificuldades.
Ainda há uma falha por parte da política pública para o atendimento das famílias com crianças com deficiência, pois o Estado só enxerga a criança e não a família como um todo, que precisa de suporte financeiro, alimentar, psicológico e outras necessidades.
A intenção deste projeto é valorizar estas mães que não são guerreiras e sim humanas, frágeis e fortes para fazer o que for preciso para que seus filhos tenham o melhor tratamento possível; mas também são mulheres que muitas vezes esqueceram dos seus sonhos e só conseguem viver um dia por vez.