Parar no tempo e deliciar-se num autoisolamento desejado, neste caso, pelo nadador, é a essência desta foto. A pausa – capturada neste movimento de subida de braço do nadador – representa a pausa que damos em nossas vidas sempre atribuladas e que podemos experimentar quando fazemos exercícios, dançamos ou cuidamos de nosso corpo, mente e emoções.
O foco num único ponto (o nadador) e o vazio desta foto minimalista indicam o esvaziamento de pensamentos passados e futuros e a atenção plena em si no “agora”, o que representa um momento meditativo. Um nadador também precisa trabalhar ativamente (com) sua respiração, outro ponto de contato com o estado meditativo que nos possibilita um momento de pausa saudável durante o dia.
A imagem do nadador irrompe o limite direito da foto e segue na direção oposta ao padrão esquerda-direita de leitura, representando, respectivamente, a tensão necessária para iniciar o movimento e o próprio movimento de ir contra o padrão atual de vida acelerado e cheio de demandas externas. O braço levantado que busca mais um avanço no caminho simboliza nossa ação intencional no sentido de tentar preservar nossa vida e prioridades.
Por fim, o vermelho da toca remete ao coração, sangue e vida, enquanto a textura do braço do nadador remete às marcas do que vivemos.
Foto tirada do mar da Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, em 2023.