O presente ensaio parte duma experiência fruto da percepção causada através da prática do skate, que permite entender a cidade e o corpo enquanto cidadão. São fotografias de arquitetura dos prédios de esquinas de Santos, cidade por onde experimentei andar de skate e viver dessa adrenalina de correr com os carros motorizados em velocidades consideráveis.
Entretanto, as linhas retas sempre foram e são caretas. Os acidentes acontecem com rotas cansativas e nada planejadas; diferentemente, a cidade caiçara possui curvas e belezas sem cabimento nestas imagens selecionadas. Elas tem uma representação de fotos semelhantes ao pós-modernismo fotográfico, pois admiro as capacidades técnicas e as representações expressivas do cotidiano de tal momento.
Possuo esse interesse no antigo pelo fato de suas ideias estarem conosco até hoje em hábitos e também, impressos na cidade. Grande parte dos prédios fotografados, são da mesma época em que a linha fotográfica. Demonstrando como nada se desatualiza perante a câmera e a cidade.