A narrativa traz reflexões das problemáticas acerca do corpo feminino após sofrer atos de violação sexual. Problemáticas estas, causadas pelos transtornos de estresse pós-traumático.
-O meu corpo é de fato assunto só MEU?
-É possível esvaziar “a tela dos sentidos” de corpos que foram violados, silenciados, julgados e abusados?
-Como perceber que o mesmo não é mais o mesmo? -Eu ainda resido em mim?
Sobre a coragem de questionarmos tudo aquilo que nos fez mal algum dia.
Sobre a necessidade do distanciamento daquilo que foi construído e incorporado em mim, desse meu sentir o mundo com toda intensidade maior.
Sobre a necessidade de perceber e encontrar outros “modus operandi” de (re)existir – é como uma colcha de retalhos, as novas possibilidades (imagens) vão ganhando formas e sentidos – e há sim, caos e desvios ao longo do processo.
É possível ser outro com algumas linhas do mesmo?