Esse ensaio consiste em registrar, ao longo dos anos, a jornada de trabalho de pessoas que executam suas funções nas ruas, ao lado da diversidade, das poluições, das desigualdades e das formas da cidade. Ainda que, em primeiro momento, não pareçam modelos a serem fotografados, essas pessoas revelam suas belezas, suas preocupações, suas angústias e sua importância, mesmo que anônimas, na rotina do comércio, dos serviços públicos, do lazer, do turismo, da cultura. Assim como os trabalhadores, o trabalho do fotógrafo também faz parte da jornada do dia, estando anônimo e, ainda assim, andarilho registrando as ações humanas.
Retratando aqueles que parecem invisíveis, a jornada do fotógrafo se confunde com a de outros trabalhadores ao registrá-los em meio às cenas cotidianas, carregadas de diversidade e, também, de desigualdade na cidade. Ainda que não pareçam modelos a serem fotografados, os trabalhadores movimentam as ruas e revelam ao observador suas belezas, preocupações, angústias e importância em meio à poluição visual, sonora e olfativa da vida cotidiana. Anônimos, comuns e, sobretudo, necessários.




