Este ensaio é um convite à contemplação sobre o que fica para trás – objetos perdidos, vestígios de vida, fragmentos do efêmero que resistem ao movimento das marés e do tempo. Imagens que revelam um diálogo silencioso entre o orgânico e o descartado, entre a vida e o esquecido.
Rastros do vento e da solidão, galhos ressequidos que emergem da água como espectros desenhando memórias de formas que já não estão mais ali. Redes de pesca e canoas em lugares onde o impacto humano é sobreposto pela resiliência da paisagem.
As texturas e as sombras desgastadas pelo sol compõem uma narrativa visual que nos leva a flertar com uma terra imaginada que não é aquela que já foi, mas aquela que será. O movimento das marés e do vento moldam a paisagem, levando e trazendo vestígios do que um dia ali existiu. “Entre Sombras e Marés” foi realizado no sul da Bahia e é um ensaio fotográfico que revela o diálogo silencioso entre o tempo e a natureza.






