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Da foz à nascente

Entre a canoa solitária e os prédios ao fundo, o rio costura dois mundos que mal se olham. O reflexo na água une o que a margem separa: o urbano e o ribeirinho, o presente e o ancestral.

Da foz à nascente

nilo2anjosPornilo2anjos
12 de julho de 2025
em Portfólio

Selecionado no Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Este portfólio é um percurso ao contrário: da foz à nascente, contra a corrente. É uma travessia física e simbólica pelo Rio São Francisco, mas também pelo Brasil profundo — onde água, corpo, trabalho, fé, morte e tempo se entrelaçam.

As imagens não buscam encerrar um ciclo, mas abri-lo. Cada margem fotografada carrega histórias de resistência e esquecimento; cada rosto, cada barco, cada gesto contém a memória de um rio que esculpe não apenas a paisagem, mas também quem a habita.

Entre crianças que navegam o dia, lavadeiras que enxaguam memórias, homens que remam contra a luz e um farol inclinado que resiste na boca do mar, este ensaio é um retrato parcial — porque a travessia ainda está em curso. Como o próprio rio, segue em movimento, à espera dos encontros, das imagens e das histórias que ainda virão.

A canoa aguarda o tempo do rio. A curva da margem desenha um gesto natural, onde pedra, areia e água se entrelaçam. Nenhuma pressa — apenas o repouso da paisagem diante do que ainda virá.
Duas gerações costuram memória à porta de casa. Nas mãos, o gesto ancestral; no azul das paredes, os ecos do rio e da vida.
Mãos puxam rede, olhos lançam fé. Na beira do São Francisco, a pesca é um gesto antigo que mistura sustento e esperança, entre barcos coloridos e promessas no horizonte.
Cavaleiros e cavalos em transe, sob o sol e o pó. Um balé coletivo onde o homem e o bicho são um só no rito da terra.
Entre remos, redes e canoas, eles descobrem o rio. Mãos pequenas seguram linhas e sonhos; pés descalços testam a água. É brincadeira e trabalho, tudo misturado, no vaivém da infância ribeirinha.
No abraço claro do rio, ela flutua. Braços abertos, olhos fechados, vestido rosa. É corpo leve, é prece mansa — como quem sabe que a correnteza também embala.
Entre paredes gastas e ferramentas velhas, ele molda o dia. Cada peça carrega o peso do ofício e a leveza da criação. No canto, uma luz crua; nas mãos, a memória do barro que virou forma.
Sentada na pedra, ela esfrega sabão, memória e silêncio. O rio não só lava: ele carrega histórias. O rosto coberto pelo chapéu não esconde o essencial — mãos que sabem repetir o gesto de quem veio antes.
Um crânio seco sorri à beira da estrada. Atrás, o caminhão-pipa carrega promessa líquida ao sertão. No chão, o embate antigo: a morte espera, debocha; a água, às vezes, tarda.
O farol inclinado na foz resiste à boca do mar. Antigo guardião de uma comunidade submersa, vigia agora os fantasmas do rio domado.
No nascer do dia, um homem ergue a mão ao barco que passa. Cumprimento, ritual, promessa de pesca.
O canoeiro rema contra a luz líquida do poente. Corpo, rio e sol: tudo vibra em ouro breve.
Placas apontam amor, paz, gratidão. Na margem, um homem silencioso questiona: aonde vão os caminhos?
Um cavalo bebe sombra na beira da poça. A luz se inclina no sertão e o dia escorre devagar pelo chão seco. Ali, o tempo repousa entre reflexo e sobrevivência.

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nilo2anjos

nilo2anjos

Iniciei minha trajetória na fotografia em 2013, através do projeto Rio365, idealizado por André Galhardo, onde tive cinco fotos selecionadas para compor o livro lançado ao final daquele ano. Desde então, venho construindo uma caminhada marcada por prêmios, exposições e publicações que refletem meu olhar sensível sobre a cultura, o cotidiano e a beleza dos territórios brasileiros. Fui vencedor do primeiro concurso de fotografia em Búzios, o Búzios Foto Show (2013), e participei da exposição "Pescadores", realizada pela FENAC no BH Shopping, em Minas Gerais. Logo depois, fui selecionado no Concurso Nacional de Fotografia - ECO FOTO, promovido pela Escola de Comunicação da UFRJ, com foto exposta na universidade. Ao longo dos anos, tive imagens publicadas em veículos como a revista Veja Rio e o Jornal do Commercio, este último por ocasião do aniversário de Olinda e Recife. Uma das minhas fotos integrou o guia colecionável COPAPOP, com tiragem de 10.000 postais. Em 2014, fui novamente selecionado para o projeto Rio365, e, no mesmo ano, participei e fui um dos vencedores do concurso "Um Olhar sobre Brennand", com exposição organizada pelo Pernambuco Foto Clube, reunindo 50 expositores. No ano seguinte, participei da exposição promovida pela Aliança Francesa em parceria com o mesmo clube, com a mesma quantidade de participantes. Também em 2015, tive uma foto selecionada para o projeto comemorativo Rio450, em homenagem aos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, integrando as celebrações oficiais. Em 2016, participei da exposição em homenagem ao fotógrafo Sebastião Salgado, promovida pelo Pernambuco Foto Clube. Mais recentemente, em 2023, tive uma foto premiada no concurso do SESC Pernambuco, hoje parte da exposição permanente do Sesc Guadalupe, em Sirinhaém-PE. Além das experiências com fotografia autoral e artística, desenvolvi trabalhos em diversas áreas da fotografia comercial, incluindo eventos, alimentos, retratos e ensaios fotográficos. No entanto, em 2018, por ocasião dos meus 50 anos de idade, decidi seguir um chamado antigo: partir para conhecer o Rio São Francisco e me dedicar àquilo que mais me move — a fotografia documental e de rua. Por conta de problemas iniciais, desafios pessoais, a pandemia e questões de saúde, essa viagem só pôde ser iniciada em outubro de 2022. Desde então, venho percorrendo as margens do Velho Chico, documentando seus personagens, paisagens e cotidianos com um olhar atento e afetuoso. Esse percurso resultou na exposição “Mementos - Rio São Francisco”, realizada na cidade de Penedo-AL, em abril de 2025, que reuniu imagens captadas ao longo do trajeto e convida o público a mergulhar na beleza, diversidade e encantamento desse rio que é espinha dorsal de tantas histórias brasileiras. Minha fotografia busca registrar o que muitas vezes passa despercebido: os gestos simples, as paisagens que contam histórias, os encontros cotidianos que revelam a alma dos lugares. Mais do que imagens, procuro criar testemunhos visuais de um Brasil profundo, múltiplo e encantador.

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