Uma tradição que existe há mais de 300 anos, com cerca de 60 engenhos em todo o estado de Santa Catarina, o processo da farinha de mandioca, que é o encontro da cultura indígena e portuguesa, reúne amigos e familiares todos os anos para fazer todo o processo, desde o plantio até a farinha final.
Em Portugal, o processo da farinha era feito com trigo, mas em Santa Catarina, não vingou. Então eles aprenderam com os índios a cultura da mandioca e foram afinando a farinha até tentar panificar. Não deu certo para fazer pães, mas gerou uma farinha que combina com tudo.
Sendo a terceira maior fonte de carboidratos nos trópicos, depois do arroz e do milho, e é um dos principais alimentos básicos no mundo em desenvolvimento, existindo na dieta básica de mais de meio bilhão de pessoas.
Existem várias lendas sobre a origem e o nome da mandioca. Uma das mais populares é que anos atrás, em uma aldeia Tupi, apareceu grávida a filha do chefe, que nunca tinha tido relação com homem algum.
Passados os nove meses, ela deu à luz uma menina lindíssima e branca, causando este último fato a surpresa não só da tribo como das nações vizinhas, que vieram visitar a criança, para ver aquela nova e desconhecida raça.
A criança, que tinha o nome de Mani e que andava e falava precocemente, morreu após um ano, sem ter adoecido ou dor. Ela foi enterrada dentro da própria oca, sendo regada diariamente a sepultura, segundo o costume do povo.
Após um tempo, brotou da cova uma planta que, por ser inteiramente desconhecida, os pássaros que comeram os frutos se embriagaram, e este fenômeno, desconhecido dos índios, aumentou-lhes a superstição pela planta. Ao arrancar a planta da terra, suas raízes por fora com a cor da pele dos índios da aldeia e para a surpresa ao partir, branca como a pele de Mani.
Assim surgiu o nome Mani-oca, “casa de Mani” que ao incorporar para o português, se tornou mandioca.