A dança contemporânea sempre me encanta pela sua liberdade e inovação. Nesta Série meu objetivo é mostrar seus vultos, os movimentos, a cumplicidade dos dançarinos, a luz e as sombras. Tendo os vultos e as nuances mais importância em minha escolha, como se elas fossem capturadas num tempo/instante de um relâmpago e ainda eu estaria nesse momento com um olho fechado, talvez por lembrar e ter receios de saber que, se eu dançar me apaixono…
Os cortes drásticos são propositais e se complementam no olhar do espectador, pois as nuances o encaminham para perceber.
Tem uma frase de Gaston Bachelard que retrata isso: “Estamos aqui diante de um fenômeno minúsculo da consciência cintilante”, pois imagem poética é o acontecimento psíquico de menor reponsabilidade ela vai somente demonstrar uma justificativa sensível para determinar o meu sentimento na composição, mesmo no escuro.