Para Joana Verdial, a fotografia é uma forma de se aproximar de outras culturas. Nascida em Lisboa e crescida em São Paulo, ela vive em Portugal desde 2004, e viaja o mundo acompanhada de sua câmera fotográfica, que, além de facilitar o contato, é um instrumento que permite eternizar memórias e transformá-las em momentos memoráveis.
Durante uma viagem à China em 2011, ela registrou a foto intitulada Pescador chinês, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2023. O pescador e sua ave aparecem refletidos nas águas, em um luz outonal de grande dramaticidade. Joana Verdial busca captar a autenticidade do instante e não interfere drasticamente em suas imagens no momento de editá-las.
Descubra um pouco mais sobre sua concepção de fotografia.
Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?
Tenho 50 anos, feitos este ano em Fevereiro.
Nasci em Lisboa mas cresci em São Paulo, onde fui alfabetizada em francês.
Sou metade belga, metade portuguesa. Brinco em dizer que nasci na terra do fado mas cresci na terra do samba.
Voltei à terrinha, Cascais / Portugal, em 2004.
Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?
Sou formada em Comunicação Social e fui account em uma agência de publicidade por cá, em Lisboa. Durante o curso, me apaixonei pela fotografia.
Em 2010 fiz um curso profissionalizante de fotografia na Oficina da Imagem, em Portugal.
Recebi menção honrosa no meu projeto pessoal o qual o tema foi America’s Cup, em 2011.
Atualmente, me dedico somente a fotografia.
Comecei a viajar e explorar o mundo com a minha máquina após o curso.
Confesso, reconheço que tenho a facilidade em deixar a minha cultura no quarto de um hotel e abraçar a cultura do país o qual irei conhecer!
Mas nunca sem antes de ler, estudar os seus costumes e fazer questão em saber dizer as palavras mais básicas como bom dia, por favor e obrigada.
Por mais que não lembremos das palavras, nada como termos uma grande ajuda para quebrarmos o gelo: a nossa querida máquina fotográfica!
Eu tenho uma regra pessoal quando vou editar as minhas fotografias.
Não uso o Photoshop. Nada contra que use.
Claro que uso o Lightroom para editá-las mas o que eu quero transmitir, passar, é o que vemos atualmente.
A fotografia requer paciência, teimosia e muita curiosidade, na minha opinião.
Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2023. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?
O Pescador Chinês foi um momento mágico!
Foi uma viagem à China em 2011 e foi em final de novembro.
Poder captar, registar a cultura deles…. Maravilhoso!
O que me atrai, o que vou atrás quando viajo, é a parte cultural e a história.
Cultura não ocupa espaço e é a única coisa que não pagamos excesso de peso na bagagem.
Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?
Atualmente, estou num projeto com um grupo de artistas portugueses e iremos fazer uma exposição coletiva aqui em Cascais, onde resido.