Este ensaio acrescenta uma interpretação onírica à praia de Ipanema, onde tecidos vibrantes em suspensão foram criados com Inteligência Artificial, dançando em coreografias aéreas que desafiam a física. A Inteligência Artificial, desvinculada das limitações práticas da fotografia tradicional, consegue criar imagens onde as cores dos lençóis parecem ainda mais saturadas, as formas mais etéreas e a interação com a luz beira o surreal.
O que me chama a atenção como fotógrafo é a maneira como a IA interpreta a luz e o movimento do tecido. As dobras, as transparências e as sombras projetadas na areia ganham uma qualidade quase pictórica. É fascinante observar como o algoritmo “imagina” a textura dos lençóis e a sua relação com o ambiente de Ipanema, um lugar que fotografo com frequência, buscando justamente esses momentos fugazes e composições inesperadas. Todas as fotos da praia e das Ilhas Cagarras são autênticas imagens capturadas por mim, e posteriormente acrescidas dos lençóis criados com os prompts por mim especificados.
Embora a emoção de capturar um instante real e irrepetível seja inerente à fotografia, este ensaio auxiliado por IA oferece uma nova perspectiva sobre o potencial criativo da imagem. Ele nos convida a pensar além do que é estritamente observável, explorando o reino da imaginação e da possibilidade visual.