este ensaio é um recorte de fotografias realizadas na parada lgbtqia+ de são paulo, que aconteceu no dia 22 de junho de 2025. o título, além de fazer referência às falas do metrô (tendo substituído “estação” por “parada”, por conta do título do evento), possui a consolação como destino, porque esta foi uma das ruas finais do trajeto da parada.
Além disso, uma das fotografias que faz parte do ensaio, a qual tenho bastante carinho, por trazer o contraste do exercício do afeto entre os expaços públicos e privados, possui a placa da rua da consolação em sua composição. de modo geral, com esses registros busquei expressar um pouco das contradições que senti, não apenas registrando, mas observando e participando da parada lgbtqia+. busquei registrar desde crianças até pessoas da terceira idade (e vale lembrar que o envelhecimento lgbtqia+ era tema da parada desse ano) para representar as consolações e alívios, como a importância da existência de um espaço no qual as pessoas se sintam pertencentes e livres para se expressarem além da cisheteronormatividade. ao mesmo tempo, há registros de trabalhadores, desde vendedores de alimentos até pessoas catadoras de material reciclável, que marcam as angústias da percepção dos grandes contrastes sociais que atravessam o evento e a cidade.