FotoDoc
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • FinalistsNEW !
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • FinalistsNEW !
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
FotoDoc
No Result
View All Result
Home Profiles

Juliana Chagas: cantos da terra, memórias de cura e a fotografia como ato político-espiritual

FotoDocbyFotoDoc
10 de September de 2025
in Profiles
Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Com apenas 24 anos, a brasiliense Juliana Chagas constrói uma trajetória fotográfica que entrelaça devoção, pesquisa e ativismo. Trabalhando na Fundação Oswaldo Cruz no programa de Saúde, Ambiente e Trabalho e atuando como fotógrafa autônoma, ela transforma a câmera em instrumento de preservação cultural e cura coletiva. Sua relação com a imagem começou aos 7 anos, presenteada com uma câmera analógica pela mãe, e evoluiu de ensaios com mulheres para um mergulho profundo na espiritualidade afro-brasileira – sempre guiada pela crença no poder do registro como forma de manter vivas memórias e tradições.

Seu portfólio “Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura“, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025, é um trabalho de imersão de três anos no terreiro de Umbanda Omoloko Ilé Ifé Oxum Apará. Mais do que documentar rituais de iniciação, as imagens revelam a sagrada interdependência entre corpo, território e planeta, mostrando como a espiritualidade afro-brasileira entende que “Orixá vivo é planeta vivo”. Através de gestos, símbolos e rituais de cura coletiva, Chagas evidencia a urgência ecossistêmica que ecoará na COP30, lembrando que a maior riqueza dessas tradições vem da natureza – “é da terra que tudo vem e é para a terra que tudo voltará”. O projeto não apenas se alinha à sua produção fotográfica centrada em narrativas de resistência, mas amplifica um canto de esperança: o resgate de forças ancestrais para cura humana e ambiental em tempos de colapso.

Descubra mais sobre essa jornada que une saúde pública, espiritualidade e fotografia na entrevista a seguir.

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?

24 (vinte e quatro) anos. Nasci, vivo e trabalho em Brasília – DF. Trabalho na Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Brasília no Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho (PSAT) e de forma autônoma também com diversos trabalhos na área de fotografia.

Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?

A fotografia na minha vida é algo essencial. Comecei a fotografar desde criança, por volta de 7/8 anos, quando ganhei a minha primeira câmera fotográfica analógica de presente da minha mãe (que é apaixonada por fotografia também). Desde então, sou uma grande observadora de detalhes e momentos especiais.

Cresci enxergando a grandeza que existe em cada olhar, o poder do registro, das lembranças e memórias que cada foto traz. Aos 19 anos, entrei em um curso de fotografia profissionalizante e, ao terminar, comecei a trabalhar profissionalmente na área. Comecei fazendo ensaios fotográficos de mulheres, depois surgiram eventos diversos, fotografia de produtos, projetos sociais, esportes radicais, e nos últimos 3 anos, meu foco foi fotografia de Terreiro. Juntamente com a finalização da minha graduação em Publicidade e Propaganda, comecei um estudo aprofundado nos rituais religiosos e culturais para o futuro breve ingresso na linha de pesquisa científica em Imagem, Estética e Cultura Contemporânea no mestrado da Universidade de Brasília.

A fotografia tem o papel de me trazer a presença de cada segundo da vida, sendo como um remédio para minha saúde mental, física e para a alma, além de me ter levado a lugares e pessoas que nunca imaginei que fosse chegar. Então, é muito além do que um trabalho: é um estilo de vida e uma necessidade que me faz sentir cada vez mais viva e, assim, fazer também com que cada memória, cultura, ritual, permaneçam vivos.

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?

Meu trabalho “Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura”, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025, foi realizado ao longo desses 3 últimos anos (2023/2024/2025) no terreiro de Umbanda Omoloko Ilé Ifé Oxum Apará, com o objetivo de manter viva a cultura e ritos religiosos. É o encontro entre a espiritualidade afro-brasileira, ancestralidade e a força da natureza. Foi produzido durante processos de iniciação da vida da pessoa humana com o Orixá (divindade afro-brasileira que representa elementos da natureza), com a intenção de registrar gestos, símbolos e rituais que mostram a cura coletiva, porque todos somos um só, e cada um faz parte do todo, inclusive a natureza. Parte assim, para uma relação sagrada entre corpo, território e planeta.

Esse trabalho se envolve diretamente na minha produção fotográfica por manter meu compromisso em registrar narrativas de resistência e preservação cultural, sempre conectadas à urgência de cuidar do mundo em que vivemos. Ao dialogar com questões que estarão no centro da COP30, ele reafirma que a espiritualidade e ecologia caminham juntas na construção de um futuro possível. Nas religiões de matrizes africanas, a maior riqueza vem da natureza. É da terra que tudo vem e é para a terra que tudo voltará um dia, e com essa perspectiva, é um ciclo cíclico que envolve todos os seres vivos.

Então, Quando a Terra Canta representa um canto de esperança; em meio a tantos desastres, é um respiro em que a espiritualidade cura os seres humanos, para entenderem que juntos podem curar outros e, consequentemente, a natureza também. Orixá vivo é planeta vivo, e ser humano vivo é um resgate da força ancestral que um dia foi calada e perdida, mas ainda há tempo.

Que este canto ecoe como um convite para que olhemos, cuidemos e lutemos por nossa casa comum — pois proteger a Terra é também proteger nossa própria existência.

Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?

Atualmente, trabalho no Programa de Saúde, Ambiente e Trabalho na Fiocruz Brasília-DF. Dentro desse Programa, o projeto com maior ênfase no momento, com duração de 4 anos, é o Territórios Saudáveis e Sustentáveis, mais conhecido nas redes como Territórios de Cuidado. Esse projeto da Fiocruz Brasília, juntamente com o Ministério da Saúde, implica uma abordagem que integra saúde, sustentabilidade e movimentos sociais com uma perspectiva interseccional e intersetorial na promoção da saúde. A iniciativa é voltada para formação-ação de lideranças comunitárias presentes em diversos estados do Brasil.

Para um futuro próximo, planejo iniciar o estudo científico em Imagem, Estética e Cultura Contemporânea no mestrado da Universidade de Brasília, para assim poder aprofundar meus estudos de forma expansiva para outros terreiros, além de guardar sensíveis memórias, disseminar a força e a importância da preservação da cultura ancestral e do planeta Terra, dando continuidade a esse trabalho que apenas se iniciou aqui.

A oportunidade de estar nesse Festival é de uma enorme importância na minha vida pessoal e profissional. Desde já, muito grata pela atenção.

Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025
Imagem do Portfólio Quando a Terra Canta – Memórias de Feitura e Cura, de Juliana Chagas, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Conheça os finalistas do Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Tags: destaque 2025documentalJuliana ChagasperfilFotoDoc Photo Contest 2025
FotoDoc

FotoDoc

FotoDoc - Festival de Fotografia Documental, de 4 a 8 de novembro de 2025, Panamericana Escola de Arte e Design, São Paulo (SP)

Related Posts

Pequeno Hanuman
Profiles

Manas Das: divindade e infância nas margens do Ganges

No distrito de Howrah, estado de Bengala Ocidental, Índia, Manas Das encontra na fotografia um refúgio poético e um...

byFotoDoc
10 de September de 2025
ECO EGUM
Profiles

Vinicius Xavier: quando os eguns ecoam no presente

Em Salvador, onde vive e trabalha, Vinicius Xavier constrói uma fotografia que é ao mesmo tempo sacerdócio, pesquisa antropológica...

byFotoDoc
10 de September de 2025
Futuro Ancestral
Profiles

Gabriela Fernandes: nos trilhos do tempo, a herança que dança

Em Cunha, interior de São Paulo, Gabriela Fernandes tece um trabalho que une design, antropologia e devoção documental. Aos...

byFotoDoc
10 de September de 2025
Mestres
Profiles

José Israel Abrantes: o olhar que tece histórias nos sertões do Brasil

Em Nova Lima, Minas Gerais, José Israel Abrantes constrói há mais de quatro décadas um arquivo visual afetivo do...

byFotoDoc
10 de September de 2025
Sem Limites
Profiles

Érika Mourão: a superação como gesto político e poético

Em Belo Horizonte, onde vive e trabalha, Érika Mourão transforma a fotografia esportiva em um poderoso instrumento de documentação...

byFotoDoc
10 de September de 2025
Arrozeiro Orgânico
Profiles

Eloi De Farias: ofício, tradição e a poesia do cultivo ancestral

Com quase 70 anos completos, o porto-alegrense Eloi De Farias carrega nas lentes uma vida dedicada à imagem –...

byFotoDoc
10 de September de 2025
  • Home
  • Contest
  • Festival
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • Finalists
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English

Vertente Fotografia © 2023