As memórias do século XIX, marcadas pela presença do engenho de cana-de-açúcar, integram o imaginário da minha cidade natal. As construções, imponentes, guardam inscrições do tempo e evocam uma atmosfera enigmática, quase mágica. A partir dos registros fotográficos realizados no local, sou conduzida a viagens que atravessam épocas.
Neste momento, o simples registro já não me basta. Busco instaurar o mistério e provocar o encantamento do observador. Para isso, realizo sobreposições com imagens provenientes de outras séries e investigações fotográficas. Entre erros e acertos, a pesquisa segue em processo: por vezes com mais camadas, até que imagens ocultas parecem brotar das próprias paredes. O que deu origem a quê? A pergunta permanece como uma charada aberta, convidando o público à reflexão e à interação.


















