Bruna Braz

Bruna Braz

Mulher mestiça de pele marrom, nascida e criada com pés descalços sobre a terra vermelha do Cerrado. Neta de Gerson, boiadeiro enraizado no interior do Goiás, e de Maria, mulher da roça, fazedora de queijos e doces. Fez-se bióloga por acaso e deu de cair no universo dos povos indígenas, quilombolas e de comunidades tradicionais, sendo atravessada por conhecimentos ancestrais e modos revolucionários de habitar o planeta, de se relacionar com a fauna e a flora, de imaginar o mundo, comer, rezar e dormir. A partir dessas vivências, pesquisa a construção do imaginário brasileiro sobretudo no contexto socioambiental. Também investiga a relação da religiosidade de matriz africana com a corporeidade e a ancestralidade através da fotografia e de intervenções urbanas com lambe-lambe. Considera o fazer artístico como um ritual, a partir da perspectiva em que performance e manifestação religiosa se confundem quando materializadas através de um corpo-terreiro. O ponto de encontro que atravessa as diferentes pesquisas que realiza é a cultura popular brasileira, enraizada na ancestralidade afroindígena, com a qual se conecta por meio de expressões como o candomblé e a capoeira de angola, de cerimônias indígenas e de experiências profissionais e pessoais pelos interiores do Brasil.