Edgar Oliveira apresenta um ensaio onde tenta construir a partir da observação íntima de sua própria mãe, um retrato silencioso da passagem do tempo no subúrbio brasileiro. Suas imagens de cunho hora performático, hora documental estudam a relação entre corpo e espaço, propondo pontos de convergência entre os mesmos.
Reparos arquitetônicos aparentes falam do corpo em processo de envelhecimento ao mesmo tempo em que as marcas na pele ilustram a ação humana contida na casa. As imagens contam sobre certa solidão inerente ao processo humano, evocando uma atmosfera quase idílica, como se recompusesse a odisséia individual de cada dia.
Texto por Kauam Mattos