Em 1993, 32 milhões de pessoas no Brasil passavam fome e Herbert Souza, o Betinho, lançou a campanha Brasil Sem fome, mobilizando a sociedade para acabar com essa triste realidade.
Durante duas décadas o país criou e implementou estratégias voltadas para a segurança alimentar e nutricional, até que em 2014, saiu do Mapa da Fome.
Em 2022 o Brasil volta a figurar entre os países com maior índice de insegurança alimentar, onde mais de 33 milhões de brasileiros passam fome todos os dias.
O que aconteceu para esse retrocesso?
É unanimidade entre os especialistas na área, que a fome e a política andam lado a lado.
O desmonte das políticas públicas, ocorrido nos últimos governos e a falta de investimentos e manutenção de programas existentes foram as maiores causas.
Não podemos deixar de considerar também a pandemia como um grande fator de influência no retorno aos índices elevados de miséria.
Apesar do atual governo estar retomando os programas e investindo, não há previsão para que o Brasil saia do Mapa da Fome, pelo menos, não a curto prazo.
Enquanto isso, ações voluntárias como a PF das Ruas em Porto Alegre/RS, que iniciou há 6 anos e que durante todos os sábados distribui café da manhã e por volta de 1200 marmitas para cerca de 700 pessoas em situação de rua ou em vulnerabilidade social, ajudam a amenizar a dor da fome.
