“Em março, eu morri.” é o Capítulo 4 de um ensaio em andamento que realizo há três anos. Ao longo do ano, escrevo frases no mural da cozinha da minha casa — registros íntimos do que pulsa. No fim de cada ciclo, fotografo diante dele e apago tudo, abrindo espaço para um novo começo.
Mas em 2025 a dor chegou antes do fim. As palavras sangraram na parede, minhas plantas morreram, e as imagens vieram como urgência: quebrar para sobreviver. Inspirado nas estratégias performáticas de Cindy Sherman, o ensaio usa o corpo para narrar a fragmentação da identidade e sua reinvenção.
O trabalho constrói um território simbólico onde a imagem se torna gesto, luto e renascimento. Entre o documental e o ficcional, o ensaio cria um espaço onde a dor encontra forma e a imagem se torna gesto de sobrevivência.






