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Descobrir serenidade na angústia. Diluir um ponto, formar uma linha, delinear, desaparecer

Beatriz BenitezbyBeatriz Benitez
20 de June de 2024
in Photo Essay

A Avenida Presidente Castelo Branco, ou Av. Leste e Oeste liga a Praia de Iracema ao município de Caucaia, em uma reta que atravessa cerca de dez bairros da cidade de Fortaleza. Em mais de 10km de extensão, a avenida abriga diversas fortalezas, demonstrando diferentes paisagens visuais, sociais, ambientais e políticas.

Enumero alguns pontos ao longo do trajeto: o Centro Cultural do Dragão do Mar, espaço cultural; poucos quarteirões à frente está o Marina Park Hotel, luxuoso hotel cinco estrelas; e então eu chego na Praia da Leste, lugar de lazer, onde vejo algumas pessoas nas calçadas da avenida com roupas de banho, chinelos e pranchas de surfe. Seguindo pela mesma avenida. O mar deixa de acompanhar a vista do meu caminhar e só me encontra 6 km à frente, ao final da Av. Leste e Oeste, quando chego na ponte do Rio Ceará, localizada na Barra do Ceará, conectando Fortaleza e Caucaia e onde há uma vista bonita do encontro do rio com o mar. Alguns quilômetros à frente, e agora em Caucaia, chego na praça de Iparana e percorro mais 3 quarteirões numa estrada de barro, às vezes alagada pelas águas da chuva. Um trajeto que faço para encontrar uma grande amiga, Beliza Guedes, 73 anos, bordadeira, boêmia atriz, produtora cultural, ex ativista política.

O encadeamento desse trajeto é o que assumo como lugar de pertencimento. Enxergo o trajeto como a música e os pontos mencionados como acordes musicais, entendendo que é preciso recorrer a outras linguagens como elementos auxiliares de percurso. Pouco importa o ressoar de um Sol Maior, é preciso que ele venha acompanhado de um Si menor com baixo em Fá sustenido, um Lá menor com baixo em Mi, um Ré com sétima e baixo em Fá sustenido, um Sol maior, e assim vai… Cada acorde tem seu tempo próprio de permanência e de caminhada até o próximo acorde. Se a união de acordes musicais cria uma música, considero que a união desses lugares criam uma paisagem singular.

A utilização da longa-exposição colocando essas imagens em borrões, diluem os pontos fotografados, onde estes são capazes de formar linhas que muito se assemelham com as linhas pertencentes ao próprio trajeto. Ponto e trajeto se confundem, formando juntos uma grande linha em uma cartografia desenhada pelo encontro; enquanto denunciam a diversidade social presente neste recorte da cidade.

Marina Park Hotel, 2023. Fotografia digital de longa exposição.
Proximidades da Estátua da Santa Edwiges, 2023. Fotografia digital de longa exposição.
Praia da Leste, 2023. Fotografia digital de longa exposição.
Vista da Ponte Sobre o Rio Ceará, 2023. Fotografia digital de longa exposição
Ponte sobre o Rio Ceará, 2023. Fotografia digital de longa exposição
Praça da Iparana, 2023. Fotografia digital de longa exposição
Ruas de Iparana, 2023. Fotografia digital de longa exposição

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Beatriz Benitez

Beatriz Benitez

Artista visual a partir da fotografia e pesquisadora. Graduada em Cinema e Audiovisual pela UFC e mestre em Artes pela UFC. Desde 2016 produz ensaios fotográficos artísticos a partir de inquietações advindas de questões urbanas que permeiam alguns pontos do litoral de Fortaleza, e, mais recentemente, o universo boêmio em que vive; utilizando a prática como pesquisa e a cartografia. A partir da linguagem digital, a sua criação flui por entre as técnicas de múltipla exposição, intervenção de desenhos digitais e a longa exposição. Em 2020 lançou seu foto-livro digital "Enclave - Mucuripes Possíveis" pelo Porto Dragão. Participou das mostras: Festival Foto Solar com o ensaio "Enclave" (Museu da Imagem e do Som 2022); Reflorestamento (MAC - Dragão do Mar - 2022) e IV Salão Universitário da UFC (MAUC, 2023) com a fotografia "Aprendendo a Lidar com Peixe Morto"; Efêmero Festival com o ensaio "descobrir serenidade na angústia. diluir um ponto, formar uma linha. delinear. desaparecer" (projeções de intervenção urbana pela cidade - 2023).

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