Recebendo como título, um trecho do hino nacional, que saúda o poder receptivo, acolhedor e de fartura de riquezas do Brasil, o ensaio visa, através dessa ironia, trazer à tona desigualdades, mazelas, fragilidades sociais que ainda escapam aos olhos das autoridades públicas, dentro dessa terra que atrai, inclusive, muitos migrantes, em busca de melhores condições de vida, dado seu slogan de abundância e calor humano. A primeira imagem, servindo como capa do ensaio, ajuda a contextualizar a temática, retratando a diversidade das cores das pessoas e da paisagem nacionais (contextualizadas pela bandeira ao lado), contrastadas com o monocromático do descaso e da marginalidade, nos quais alguns sujeitos são submetidos, como se não fizessem parte dessa coletividade de “filhos” de quem a “pátria mãe gentil” cuida zelosamente.