Londres é uma cidade de contrastes, onde a história milenar se entrelaça com a modernidade pulsante, e essa dualidade é magnificamente espelhada na canção de Caetano. A sensação de se perder em suas ruas movimentadas, de observar a diversidade de pessoas e culturas, é uma experiência que ressoa com a letra que descreve um sentimento de estranhamento e familiaridade ao mesmo tempo. É como se, a cada visita, eu redescobrisse um novo pedaço de um quebra-cabeça que nunca se completa, sempre buscando a imagem que revele a alma oculta da cidade.
O verdadeiro encanto de Londres reside nos detalhes, nos labirintos que convidam a uma pausa e oferecem cenas urbanas autênticas, nos museus que abrigam tesouros da humanidade e que podem ser cenários para contrastes interessantes, e nas feiras de rua que explodem em cores e sabores, repletas de vida para ser registrada. Caetano, com sua canção, me lembra que a alma da cidade está em seus habitantes, em suas histórias e em seus segredos sussurrados pelos ventos do Tâmisa – elementos perfeitos para uma fotografia que busca o humano e o inusitado.
Para mim, Londres é mais do que um destino; é um segundo lar e um estúdio a céu aberto. A presença de familiares faz com que cada visita seja um reencontro, adicionando uma camada de calor e familiaridade a uma cidade que, à primeira vista, pode parecer grandiosa e impessoal. É essa combinação de laços afetivos e a riqueza cultural que tornam Londres um lugar de eterno fascínio, um lugar para onde sempre desejo retornar com minha câmera, em busca da próxima imagem que conte uma nova história da cidade.






