Um hospital, onde quer que esteja, é sempre um espaço onde emoções intensas e inesperadas emergem, reais, cruas, muitas vezes difíceis de encarar. Em um momento de necessidade, após ver minha filha hospitalizada diversas vezes, busquei algum alívio para o estresse e a ansiedade.
Com uma câmera na mão, capturei luz e sombra, silhuetas e janelas que pareciam nos prender no medo, no desejo de escapar e na lentidão insuportável do tempo, quando tudo o que se quer é que tudo termine bem, que ela volte a estar saudável. Essas imagens ressoam com outras pessoas? Não sei. O que sentimos e como interpretamos os momentos da vida muda constantemente. E a maneira como olhamos para o mundo é moldada pelo nosso passado, pelas conversas, pelos pensamentos que, dia após dia, constroem quem somos.






