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Rio, ritos e rezas

Rito em movimento — o rio como palco e condutor da fé Procissão fluvial sob a ponte (Bom Jesus dos Navegantes) O rio transforma-se em altar móvel. Do alto da ponte, uma chuva de papel picado celebra a fé que navega em barcos, olhos e esperanças. O rito é água, festa e travessia.

Rio, ritos e rezas

nilo2anjosbynilo2anjos
1 de June de 2025
in Photo Essay

Selected in FotoDoc Photo Contest 2025

Ensaio fotográfico documental

Este ensaio é parte de uma expedição fotográfica em curso pelo rio São Francisco, iniciada em outubro de 2022. O projeto — ainda em andamento — busca documentar, de forma sensível e comprometida, os múltiplos territórios simbólicos que margeiam o Velho Chico: o rito, a fé, a festa e a vida cotidiana que se entrelaçam às suas águas.

As imagens reunidas aqui não pretendem capturar o exótico, mas revelar o essencial — aquilo que, no gesto simples e repetido, se torna sagrado. Fé encarnada em barro, suor, pólvora e silêncio. Ritos vividos no corpo, na terra e no tempo. Rezas que ecoam em procissões, em altares improvisados, no galope do vaqueiro, nas bandeirolas molhadas após a festa — e até mesmo nas ruas cobertas de promessas políticas jogadas ao chão.

Entre celebrações como festas juninas, romarias e a Missa do Vaqueiro, emerge também o contraste: o rito cívico transformado em descarte, o sagrado renegado no asfalto, como um eco de um país que reza, mas também se cansa. O ensaio se encerra com uma imagem de ruptura — um santo quebrado, um quadro tombado, uma pergunta silenciosa: o que fazemos com o que um dia foi sagrado?

“Rio, Ritos e Rezas” não é um ponto de chegada, mas um corte — um trecho visível, por vezes desconcertante, de uma travessia em aberto.

Peão em oração sobre o cavalo (Missa do Vaqueiro)
O vaqueiro se curva em silêncio. A mão repousa sobre o peito como se segurasse o coração. É o instante em que o rito se interioriza — fé antes da fúria, bênção antes do embate.
O rito espontâneo — devoção íntima em território ribeirinho
Santa com terços e pulseiras à beira do rio
À margem do São Francisco, uma pequena santa repousa sobre a pedra. Carrega terços, pulseiras e intenções como uma embarcação de fé estacionada na beira da travessia. Silenciosa, acolhe promessas feitas fora das igrejas — no altar natural das águas.
Rito de força e tradição — a pólvora como memória viva.
Bacamarteiro em ação. O estampido corta o ar. Pólvora, gesto e memória se encontram no disparo do bacamarte — um rito ancestral que mistura festa, força e identidade. O corpo também reza quando explode.
Rito urbano — fé organizada em travessia pelas ruas.
Procissão com imagem de Jesus nas ruas.
Entre fios, paredes gastas e rostos marcados, a fé caminha. O peso do andor é dividido entre mãos simples, que sabem transformar esforço em oração e o passo em liturgia popular.
Rito suspenso — a alegria que se esvai com a chuva.
Bandeirolas refletidas na poça após a festa junina
As cores do céu escorrem pelo chão. Depois da festa, o silêncio e a poça. Rito suspenso entre dois mundos: o da euforia que passou e o da lembrança que fica como espelho d’água.
A fé profanada — promessas que não se sustentam, cansaço da crença política. Santinhos espalhados no chão após a eleição
O asfalto amanhece coberto de rostos e números. Um altar de promessas rasgadas pela pressa. A fé cívica, tão frágil, jaz no chão como folhas secas — sujas, ignoradas, esquecidas.
O rito rompido — o abandono do sagrado que encerra em silêncio.
Santo quebrado ao lado de quadro jogado e quebrado.
O sagrado tombado. Um santo estilhaçado entre madeiras, tinta e descuido. Não há gritos nem lamento — apenas a presença muda de algo que já foi reverenciado e agora jaz, como pergunta.

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nilo2anjos

nilo2anjos

Iniciei minha trajetória na fotografia em 2013, através do projeto Rio365, idealizado por André Galhardo, onde tive cinco fotos selecionadas para compor o livro lançado ao final daquele ano. Desde então, venho construindo uma caminhada marcada por prêmios, exposições e publicações que refletem meu olhar sensível sobre a cultura, o cotidiano e a beleza dos territórios brasileiros. Fui vencedor do primeiro concurso de fotografia em Búzios, o Búzios Foto Show (2013), e participei da exposição "Pescadores", realizada pela FENAC no BH Shopping, em Minas Gerais. Logo depois, fui selecionado no Concurso Nacional de Fotografia - ECO FOTO, promovido pela Escola de Comunicação da UFRJ, com foto exposta na universidade. Ao longo dos anos, tive imagens publicadas em veículos como a revista Veja Rio e o Jornal do Commercio, este último por ocasião do aniversário de Olinda e Recife. Uma das minhas fotos integrou o guia colecionável COPAPOP, com tiragem de 10.000 postais. Em 2014, fui novamente selecionado para o projeto Rio365, e, no mesmo ano, participei e fui um dos vencedores do concurso "Um Olhar sobre Brennand", com exposição organizada pelo Pernambuco Foto Clube, reunindo 50 expositores. No ano seguinte, participei da exposição promovida pela Aliança Francesa em parceria com o mesmo clube, com a mesma quantidade de participantes. Também em 2015, tive uma foto selecionada para o projeto comemorativo Rio450, em homenagem aos 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, integrando as celebrações oficiais. Em 2016, participei da exposição em homenagem ao fotógrafo Sebastião Salgado, promovida pelo Pernambuco Foto Clube. Mais recentemente, em 2023, tive uma foto premiada no concurso do SESC Pernambuco, hoje parte da exposição permanente do Sesc Guadalupe, em Sirinhaém-PE. Além das experiências com fotografia autoral e artística, desenvolvi trabalhos em diversas áreas da fotografia comercial, incluindo eventos, alimentos, retratos e ensaios fotográficos. No entanto, em 2018, por ocasião dos meus 50 anos de idade, decidi seguir um chamado antigo: partir para conhecer o Rio São Francisco e me dedicar àquilo que mais me move — a fotografia documental e de rua. Por conta de problemas iniciais, desafios pessoais, a pandemia e questões de saúde, essa viagem só pôde ser iniciada em outubro de 2022. Desde então, venho percorrendo as margens do Velho Chico, documentando seus personagens, paisagens e cotidianos com um olhar atento e afetuoso. Esse percurso resultou na exposição “Mementos - Rio São Francisco”, realizada na cidade de Penedo-AL, em abril de 2025, que reuniu imagens captadas ao longo do trajeto e convida o público a mergulhar na beleza, diversidade e encantamento desse rio que é espinha dorsal de tantas histórias brasileiras. Minha fotografia busca registrar o que muitas vezes passa despercebido: os gestos simples, as paisagens que contam histórias, os encontros cotidianos que revelam a alma dos lugares. Mais do que imagens, procuro criar testemunhos visuais de um Brasil profundo, múltiplo e encantador.

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