Esta série procura delinear, de forma poética, um percurso pelo âmago da favela da Rocinha. Para isso, apresenta fotografias que buscam retratar as múltiplas dimensões da vida numa comunidade, com foco nos aspectos subjetivos. A Rocinha é a maior favela do Brasil, com uma população de cerca de 72 mil habitantes oriunda principalmente da Região Nordeste. A violência associada ao tráfico de drogas é uma ameaça constante e o contraste com bairros da Zona Sul, que detém os Impostos Prediais e Territoriais (IPTU) mais caros e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mais alto da cidade, escancaram a desigualdade social no País. Os elementos fotografados, o enquadramento e as demais técnicas utilizadas procuram evidenciar também esses aspectos, além de descortinar o cotidiano de seus moradores.
As fotos foram feitas com telefone celular Iphone 13 Pro.

Na entrada da Rocinha a vida pulsa com intensidade. Motos, veículos e gente disputam espaço em sua rua principal, importante via de integração à cidade.

As flores vendidas por um dos comerciantes do lugar trazem uma beleza inesperada, enquanto mostram o vigor do comércio da favela.

Anúncios e caixas de mercadorias, com o casario ao fundo, criam um aspecto de porta de entrada para o interior da comunidade

A beleza e o colorido de uma intervenção artística mostram a valorização do espaço e a importância da cultura para o território.

Os fios dos chamados “gatos”, ligações geralmente clandestinas de energia, internet, etc., mimetizam os fios da vida que interligam os moradores.

Contemplando o céu, a lua e o espaço ao redor, momentos de paz e relaxamento.

Da Lage se vê o Rio de Janeiro e a própria Rocinha que se derramam no vale evidenciando as contradições que a Cidade não consegue equacionar.