É curioso pensar que sabemos tão pouco sobre algo tão presente. Quando temos a sorte de lembrá-los, sua natureza enigmática provoca ainda mais dúvidas em vez de trazer respostas. Situações bizarras, coisas e pessoas fora de lugar, ambivalência e contradição: esse produto da mente parece não conhecer limites.
Por sua estética etérea e de difícil captura, representar o onírico em fotografia pode ser um desafio. Assim, a longa exposição e seus borrões que trocam a alta fidelidade pela ambiguidade são o fio condutor deste trabalho, complementados por ambientes obscuros e recursos que ressaltam a atmosfera misteriosa do inconsciente.
Ainda que os sonhos não sejam completamente decifráveis, sua representação pela arte pode fazê-los emergir até certo ponto onde se tornem legíveis ao consciente e revelem novas camadas de cada um de nós.








