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A Teia Amazônica

"O Pulso" A vida na floresta amazônica gira em torno de seus cursos d'água, rios e canais que funcionam como rotas essenciais em uma região onde a vegetação densa torna quase impossível o deslocamento por terra. Crianças remam até a escola em canoas de madeira, e os barcos de linha transportam pessoas e mercadorias até as cidades ribeirinhas. As "Comunidades Ribeirinhas" são comunidades tradicionais que vivem ao longo desses rios em áreas remotas do Brasil. Vivendo em harmonia com os ritmos da água, suas casas são construídas sobre pilares, já que os níveis dos rios amazônicos variam drasticamente, em média, 11 metros entre a estação seca e a cheia. Com a floresta submersa, as crianças aprendem desde cedo a manobrar canoas, confiando no rio como principal meio de transporte.

A Teia Amazônica

Ezer BerdugobyEzer Berdugo
16 de July de 2025
in Portfolio

Selected in FotoDoc Photo Contest 2025

Em 2023, embarquei em uma jornada transformadora de 2500 km pela Floresta Amazônica brasileira, um dos ecossistemas mais pressionados do planeta.

Apesar da condição crítica em que a floresta se encontra, fui profundamente tocado pela esperança e pela resiliência das pessoas e projetos que conheci. Tornar-se um guardião da floresta não requer abandonar tudo e viver em autossuficiência; começa por reconhecer nossas limitações e dar voz àqueles que há muito tempo defendem sua terra ancestral.

Por meio deste trabalho editorial e documental fotográfico, optei por manter tudo cru e sem filtros. Meu objetivo é abrir janelas para este mundo, permitindo que você se imagine atrás da lente.

“As artérias envenenadas da Amazônia pt. 1”
Durante meu primeiro trajeto de barco de Belém a Santarém, observei como essas comunidades interagem com os barcos de linha como o que eu estava. Famílias atracavam habilmente seus barcos ao lado da nossa embarcação em movimento, vendendo produtos caseiros como açaí e camarão seco, para a alegria dos viajantes. Crianças, cheias de alegria, remavam até o rastro do barco para brincar ou se aproximavam na esperança de receber um presente de algum passageiro que passava.
“As artérias envenenadas da Amazônia pt. 2”
O Rio Amazonas, o maior do mundo em volume, contribui com um quinto de toda a descarga de água doce dos oceanos. No entanto, hoje está contaminado; a indústria de mineração introduziu metais pesados em suas águas, resultando em uma contaminação generalizada. Em algumas regiões, até 40% dos peixes agora apresentam mercúrio, afetando todos os seres vivos que os consomem.
Antes central na dieta amazônica, compondo mais de 92% da nutrição semanal, os peixes estão sendo substituídos por alternativas mais seguras. Predadores sofrem com insuficiência renal e hepática. As margens, o solo e a vegetação estão se tornando degradados.
“As artérias envenenadas da Amazônia pt. 3”
Além disso, a seca de 2023 foi a pior em séculos. As pessoas ficaram sem transporte, saneamento, alimentos e água. Yara, a deusa das águas, tornou-se central nas orações de muitos.
Embora os níveis das águas tenham retornado ao normal, a ameaça persiste. Com o aquecimento global causando temperaturas e padrões climáticos cada vez mais extremos, quem pode prever o que a seca do próximo ano trará?
“O Coração”
Quando se fala da Amazônia, a conversa costuma girar em torno de sua biodiversidade e da urgência de protegê-la. Somos bombardeados com fatos: Você sabia que 10% das espécies conhecidas no mundo vivem aqui? Ou que, desde 1988, cerca de 20% da floresta original foi destruída para dar lugar à agricultura, à mineração e à extração de madeira? Some-se a isso os incêndios e a exploração de recursos, e mais da metade da Amazônia já sentiu o impacto humano.
Esses fatos são alarmantes e importantes. Eles cumprem o papel de nos alertar sobre a crise que enfrentamos, mas também distorcem o prisma pelo qual deveríamos encarar a Amazônia. Muitas vezes nos fixamos tanto nas árvores e na vida selvagem que esquecemos a verdadeira chave para a sua preservação: os 30 milhões de pessoas que pertencem a este bioma.
“Os guardiões pt. 1”
Desde a promulgação da Constituição brasileira em 1988 e a criação de institutos nacionais de pesquisa, a ciência tem ocupado um papel central na luta ecológica na Amazônia. Eles são fundamentais para compreender a Amazônia, um dos ecossistemas mais misteriosos e menos estudados do planeta. Abrangendo nove países e ocupando uma área equivalente a duas vezes o tamanho da Índia, a Amazônia continua em grande parte inexplorada. Por exemplo, apenas entre 2014 e 2015, quase 240 novas espécies foram documentadas.
Institutos estão estabelecendo sua presença na Amazônia por meio de bases de pesquisa flutuantes, permitindo que se adaptem às oscilações do nível da água e contornem problemas relacionados à propriedade da terra.
“Os guardiões pt. 2”
Grande parte desse progresso só foi possível graças à estreita colaboração com os povos originários, cujo conhecimento e percepção são inestimáveis. Soluções sustentáveis para os complexos desafios da região só podem ser alcançadas investindo em pesquisa científica, entendendo as necessidades da população local e criando políticas que abordem as intrincadas dimensões ecológicas e socioeconômicas da Amazônia.
“O Núcleo”
Devido à floresta densa e ao desenvolvimento assimétrico do Brasil, com a maior parte do orçamento nacional concentrada no sul, a região amazônica sofre com significativa falta de infraestrutura, especialmente em áreas remotas. As opções de transporte são extremamente limitadas, dificultando a logística e tornando tudo consideravelmente mais caro. Essa escassez de infraestrutura e altos custos torna muito difícil construir e manter projetos nesses locais afastados. Como consequência, as cidades abrigam cerca de 70% da população da região, detendo o verdadeiro poder de influenciar a política e liderar a transformação ecológica urgente de que a Amazônia precisa.
“O movimento”
Por muito tempo, a Amazônia foi vista como um vasto espaço vazio, um obstáculo ao desenvolvimento. Para os garimpeiros de fortuna, identificar-se como amazônida significa compartilhar espaço com macacos, árvores e, pior ainda em sua percepção, comunidades indígenas.
Muitos residentes têm dificuldade em assumir com orgulho sua conexão com o bioma florestal. Pode parecer contraproducente, mas uma parte fundamental do trabalho de proteção do bioma amazônico precisa ocorrer em suas cidades.
“A chave”
Para que a Amazônia seja preservada, suas cidades devem abraçar seu papel. As pessoas que ali vivem são fundamentais nessa luta, e seu envolvimento será crucial para garantir o futuro desse ecossistema vital. Mas essa lacuna de identidade não é apenas uma questão de filiação pessoal; reflete uma discrepância ideológica mais profunda na forma como a Amazônia é percebida e concebida.
“Um novo ciclo”
Quase um século, a estratégia de desenvolvimento amazônico foi direta: explorar a floresta como um recurso para impulsionar o crescimento do país e sua segunda revolução industrial. Em 1967, a Zona Franca de Manaus foi criada, rapidamente ganhando destaque e hoje respondendo por 80% do PIB do estado do Amazonas. Ela se tornou o terceiro maior polo industrial do Brasil, graças a um sistema de incentivos atraentes e isenções fiscais.
“A luta”
Existe uma oposição ideológica e identitária que dividiu a floresta em dois: de um lado, os ativistas; do outro, garimpeiros, madeireiros e agricultores. Hoje, essa oposição se transformou em guerra. Com pouquíssimos meios para controlar essa vasta floresta, muitos trabalhadores invadem regiões ilegalmente para explorá-las. Em resposta, os amazônidas se erguem e resistem, muitas vezes enfrentando armas de fogo.
“O parasita”
Seria simples apontar o dedo para o governo brasileiro e lançar sobre ele toda a culpa pelas feridas da Amazônia. Também seria confortável transformar os trabalhadores da indústria em vilões, usando a demagogia como atalho para a indignação. Mas a verdade é mais densa, mais sinuosa.
O Brasil, em sua busca por um lugar entre as potências globais, há muito tempo trilha os passos de um modelo de desenvolvimento moldado pelo Ocidente — um caminho que insiste em classificá-lo como “subdesenvolvido”, mesmo quando sangra para crescer.
Talvez estejamos tão imersos nesse parasitismo que passamos a acreditar que só há futuro se for comprado à imagem do sonho americano.
“As Correntes Invisíveis”
Não podemos esquecer que a mineração, a exploração florestal e a agricultura são quase totalmente impulsionadas por mercados externos (Europa, EUA, China). Precisamos repensar as forças mais amplas que movem essa exploração e talvez nos afastar da pressão global de proteger aquilo que o mundo chama de “os pulmões da Terra”.
“A Farinha de Mandioca moldada pelo descaso” (BONUS)
Na Amazônia, a farinha de mandioca é mais que alimento — é sustento, é raiz. Presente em toda refeição, ela nasce de um ritual ancestral: secar, triturar, torrar. Mas por trás desse gesto cotidiano, há um esforço árduo que a floresta esconde. Sem ferramentas, sem apoio, os agricultores lutam com as mãos contra a terra. E para seguir plantando, recorrem ao fogo, não por escolha, mas por urgência. A queimada vira resposta ao abandono, não à tradição.
Assim, a sobrevivência queima junto com a mata, dia após dia. Não é o povo que destrói, é o sistema que deixa arder.

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Ezer Berdugo

Ezer Berdugo

Ezer é descendente de marroquinos, nasceu na França e se mudou para o Brasil em 2003. Sua trajetória multicultural moldou a forma como enxerga o mundo, e ele canaliza essa perspectiva por meio de suas imagens. Pegou pela primeira vez a câmera do pai aos 10 anos, durante viagens em família — e foi nesse momento que sua paixão pela fotografia começou. Após se mudar para o Canadá, passou a atuar profissionalmente com fotografia, iniciando pela cobertura de eventos. Com o tempo, se encantou pela fotografia analógica, que o obriga a desacelerar e tornar cada clique intencional — cada pose cuidadosamente composta, cada enquadramento contando sua própria história.

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