Forçados a deixar seu território de origem devido à grave crise humanitária, a presença de povos originários da Venezuela tornou-se uma realidade em nosso país desde 2010, quando os primeiros grupos começaram a chegar no país.
Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – ACNUR, mais de 10 mil indígenas venezuelanos vivem atualmente no Brasil, concentrados principalmente nos centros urbanos das grandes cidades. Esses povos, que trazem consigo culturas, línguas e tradições ancestrais, enfrentam inúmeros desafios para se estabelecer e sobreviver em território estrangeiro. Entre os principais obstáculos estão o preconceito e a discriminação, que resultam em exclusão social e contribuem para a perpetuação de estereótipos negativos, alimentando atitudes xenofóbicas e racistas.
Esse trabalho é um gesto de escuta e de visibilidade que propões um encontro e uma reflexão sobre pertencimento, resistência e humanidade. É uma tentativa de romper com a indiferença, reconhecendo a força de quem, mesmo diante da dor do deslocamento e do apagamento cultural, resiste cotidianamente para preservar sua identidade e dignidade.