A fluidez das famílias em suas mais variadas composições é o tema deste ensaio. Por ser histórica, a família se transforma no tempo e no espaço, abrindo passagem a modos distintos de existir. Aos poucos, sobretudo no século XXI, o modelo de uma única família foi cedendo espaço, conquistado pelos próprios movimentos feitos pela sociedade, a uma pluralidade de famílias.
Toda família sofre, briga, ama, chora, ri, se apoia, erra, acerta, supera e celebra… Cada família tem seus desafios peculiares, mas o que mais importa é sua Potência: sua força de existir é que a faz criar um território existencial comum cujo impulso maior é o AMOR! No fim das contas, especial mesmo é viver as dores e delícias de ser a família que se É!
Texto: Maria do Carmo Morales
Francisco, filho de Miriam e Rodrigo, duas casas, duas intenções na Educação, numa delas, onde a paternidade se afirma, uma reinvenção sobre os corpos dissonantes e as relações orgânicas de afeto.
Uma casa de mulheres é uma casa recheada de risos, falatório alto, baixo, médio daí depende da TPM, ou do humor. (Risos juntas)
Poderíamos dizer que é desafiador visto que, somos só mulheres, porém, aprendemos com a vida desde muito novas, todas nós, a nos “virar” sozinhas, a lutar pelo nosso lugar no mundo, e enfrentar os desafios impostos pela sociedade de maneira guerreira, pois é uma luta constante pelo espaço do entendimento das pessoas, de que somos e somos mesmo capazes, intelectas e dispostas a vencer a vida, ou vencer na vida. E todos os dias são vitórias, a vitória de pagar água, luz, colocar comida na mesa, preocupação com a saúde umas das outras, com a cia, com nossos animais que são nossos filhos e membros da família. Assim sendo é importante lembrar que, uma casa de mulheres é uma casa de PESSOAS, pessoas buscando… “amar e serem amadas, compreender e serem compreendidas, perdoar e serem perdoadas…” Vivendo os desafios cotidianos como qualquer outra pessoa. E apesar das particularidades que cada indivíduo carrega em si, todos somos capazes de vencer!
“Sonhamos com o dia em que todos se levantarão e compreenderão que fomos feitos para vivermos como irmãos”.
#Chega de preconceito!!!
#Vidas negras importam!!!
Pra nós parecia um sonho bem distante, e mal sabíamos que seria a nossa melhor escolha da vida. Na nossa família só cabe amor, respeito, carinho e felicidade. Seremos eternamente gratas por tamanha realização.
Família é quem você escolhe para compartilhar a vida.
Letícia e Ana Luiza (Luiza e Helena).
Pra nós parecia um sonho bem distante, e mal sabíamos que seria a nossa melhor escolha da vida. Na nossa família só cabe amor, respeito, carinho e felicidade. Seremos eternamente gratas por tamanha realização.
Ter uma família, significa conhecer o que há de mais complexo e inexplicável em outra pessoa, pois o dia a dia entre esses indivíduos com personalidades distintas, está contida a mais alta complexidade que nenhuma ciência há de descrever e em nenhum livro, pergaminho ou baú, está guardada a fórmula para possuir a capacidade de conviver com as diferenças e acima tudo sentir o que ninguém jamais conseguiu explicar: o amor.
Sheila casou-se aos 15 anos e teve 4 filhos; Tayná, Thayonara, Jair Neto e Júlia. Se divorciou há 7 anos tornando-se mãe solo. Enfrentou dificuldades financeiras e recebeu muitos julgamentos da sociedade; mas nunca deixou de lutar para que não faltasse alimentação e uma boa educação para as crianças. Sheila é orgulho para todos pelo seu carinho, dedicação e proteção. Ela continua cumprindo com amor e muita determinação o papel de pai e mãe para seus filhos.
“A mistura de duas etnias diferentes, por meio desta única foto, fez esta linda família mostrar a sua beleza, sua alegria e seu respeito.”
Costumo dizer que família é um lugar. Há experiências e expectativas diversas que são construídas neste e sobre este lugar.
A família é o primeiro lugar que nos torna aprendizes e ensinantes, simultaneamente, em cada segundo compartilhado.
Falar de família é falar sobre afetos e inevitavelmente falaremos sobre o amor, que é construção diária e está presente no ato de olhar verdadeiramente para quem o outro é.
O amor se materializa nas relações através das ações cotidianas: atenção, apoio e escuta.
Por isso, falo da minha família através deste lugar e afirmo que de todo amor que eu tenho, metade minha família me deu e a outra metade nós construímos juntos.
“Professora Ismene, pessoa com nanismo, mãe solo e seus filhos. Nossa família abraça a inclusão, defendemos a justiça econômica, política e social plena.”
Duas mulheres e uma gata, esse é o formato da família que construímos! Representamos nosso próprio lar, porto seguro e afeto. Construímos nosso relacionamento tijolinho por tijolinho ao longo de oito anos, e cinco de Dilma. Nossa cumplicidade e carinho ressalta o mais importante: o nosso amor.
Tudo começou com um “bem vindo” no Facebook. De forma cautelosa fomos construindo nossa história e quando vimos um era muito necessário na vida do outro. E para agregar a nossa rotina diária temos Zeta, Maristela e Log. Se essa família vai aumentar, não sabemos, só o futuro dirá! Por hora, vamos construir intensamente memórias em conjunto e fortalecer cada vez mais nosso laço de união.
Há 15 Anos embarcamos nessa jornada da paternidade solo, onde os desafios e tropeços me tornaram o homem que sou hoje. Entre os erros e acertos posso dizer que mais aprendi que ensinei. Amo a missão de ser Pai e posso dizer que hoje é que faço de melhor da vida, e o reflexo
disso é a grande mulher que a Marcela está se tornando.
A construção da família vai para além do laço sanguíneo, está no apoio,
compreensão, carinho e respeito uns aos outros. Meu processo de transição não foi algo particular meu, todos a minha volta se transformaram também. O amor genuíno não está no fato de amar as semelhanças que compartilhamos, mas sim nas diferenças que temos.