Este projeto fotográfico foi realizado no município de Lábrea, Amazonas, um dos principais epicentros da expansão da fronteira agrícola na Amazônia. A série documenta a realidade brutal dos incêndios que devastam a floresta e impactam diretamente a vida de seus habitantes.
A série busca evidenciar a perda da infância, retratada em rostos marcados pela luta contra os incêndios, pela incerteza e pelo desamparo diante da destruição implacável. Este projeto visa promover uma reflexão profunda sobre os custos humanos e ambientais da expansão agrícola descontrolada e do descaso com as políticas de preservação ambiental.
Seu objetivo é conscientizar e inspirar iniciativas para proteger a Amazônia e suas populações locais. A série fotográfica serve tanto como um pedido de socorro quanto como um chamado urgente à ação para preservar o que resta da floresta e garantir um futuro digno para as crianças e moradores da região.
Relatamos aqui um agradecimento especial a equipe jornalística e a revista Cenarium, que desde logística a alimentação possibilitou a realização deste trabalho, onde 100% das profissionais envolvidas na matéria sobre o ocorrido eram mulheres.
Lábrea, Amazonas. 20 de setembro de 2024. Ela estava sufocada na fumaça enquanto tentava apagar o fogo sem nenhuma proteção, com a ajuda da família.Lábrea, Amazonas. 20 de setembro de 2024. A família parou para que eu pudesse fotografá-los juntos. Foi um trabalho em equipe enquanto os bombeiros ainda não tinham chegado.Lábrea, Amazonas. 18 de setembro de 2024. O contraste da criança brincando perto das cinzas parecia um filtro na vida real.Lábrea, Amazonas. 20 de setembro de 2024. O olhar desesperançado de uma criança que viu seus irmãos e vizinhos em estado de desespero, o que se tornou quase comum nesta época do ano na fronteira agrícola.Lábrea, Amazonas. 20 de setembro de 2024. Pode não parecer, mas a foto foi tirada segundos antes de eles correrem para apagar o fogo com folhas, mostrando coragem e pressão que nunca deveriam recair sobre as crianças. A urgência do momento é um lembrete gritante da dura realidade que muitas famílias enfrentam na Amazônia, particularmente na fronteira agrícola, onde os riscos de incêndio e degradação ambiental impactam suas vidas todos os anos.Lábrea, Amazonas. 20 de setembro de 2024. O fogo começou do outro lado, mas se alastrou rapidamente. Logo após esse tiro, a mulher do vestido queimou o braço ao jogar água com um balde para salvar sua casa. Ela tinha acabado de comprar um novo ar condicionado quando se assustou com isso.A frase “momento de desespero e horror” evoca o intenso estado emocional que as pessoas vivenciam em situações de extremo perigo ou tragédia. Uma mulher arriscando ferimentos para salvar sua casa reflete a dura realidade que muitos enfrentam na fronteira agrícola da Amazônia.LabreaLábrea, Amazonas. 20 de setembro de 2024. Em meio ao caos do incêndio que se alastra em Lábrea, um menino queima a perna ao tentar apagar o fogo com água retirada de uma caixa d’água em uma panela. O mundo precisa entender que o agronegócio é um assunto sério.Assentamento panelão.Associação de artesãos de Novo airão.Nesta foto nõ há edição, distorção nem correções de cor. Ela esta crua, e o assustador é isto a queimada devastou todas as cores de um bioma tão colorido como a Amazônia.Antes, durante e depois.Labrea
Carolina Costa é fotojornalista, do norte do Brasil, criada entre Amazonas e Pará. Estudante de Sociologia e Política, atua no fotojornalismo, registrando pautas ambientais, políticas, de moda e ativismo. Possui experiência em fotografia de moda, onde também deu aulas de fotografia de moda. Sua trajetória inclui coberturas marcantes, como a BR-319 e os acampamentos Terra Livre. Com vasta experiência documental, capturando a essência da vida como olhar sensível, firme e atento.
As imagens desta série foram capturadas durante as vibrantes e tradicionais celebrações do Maranhão. Utilizando a flexibilidade da fotografia digital,...