Paire

Paire fala sobre os nossos reflexos e reflexões.
Sobre nossa outra parte. A observação de nossos outros “eus”.
Platão, em sua obra “O Banquete”, descreve a nossa eterna busca, por nossa outra metade,
chamando de alma gêmea.
O texto que inspirou os movimentos românticos por toda nossa história conta que no inicio, o
ser humano era um ser completo, com duas cabeças, dois braços e duas pernas. E por serem
tão bem desenvolvidos e hábeis, subiram aos céus e desafiaram os deuses, mas vencendo a
batalha, Zeus cindiu o ser humano, dividindo-o em duas partes; e assim jogados de volta a
terra, passamos a nossa existência em busca da outra metade, já que a saudade nada mais é
que a falta da nossa completude.
Em um olhar mais amplo, buscamos o nosso par, no íntimo de nossa alma, como a metade que
nos falta, podemos sentir a plenitude da saudade, atrelada a dor de não nos pertencemos, nos
jogos e troca de papeis que a realidade da vida nos impõe.
Ser observador de si é ter a resposta que buscamos.
É encontrar o seu próprio par.