O portfólio do quilombo é um processo de criação de imagens (audiovisuais, fotográficas, sonoras e performáticas) que assenta-se num modo de pensar negro-africano muito presente nas culturas tradicionais de umbanda, candomblé e também indígena, CUJO PONTO DE PARTIDA É A ANCESTRAL RELAÇÃO ENTRE CORPO E NATUREZA.
Partindo deste deste princípio milenar e fundamental da tradição africana de que o corpo é distinto e indissociável dos reinos naturais (vegetal, mineral, animal) colocamo-nos o desafio de pensar, investigar e criar um método de trabaho onde a estética desafia a visualidade ocidental e onde a vida acontece no encontro natureza-corpo.
Nesse sentido, o Quilombo de Pesquisa e Composiao de Imagem-ritual entende que sua metodologia de trabalho foge completamente da linha ocidental que pensa uma VISUALIDADE apartada do conunto do campo sensório. Ou seja, o Quilombo investiga uma ARTE VISUAL com – e a partir de – o olfato, o tato, a sonoridade e o paladar.
Nada diferente do que vemos nas culturas tradicionais populares do condomblé, umbanda e indígenas. vida aconteça no encontro natureza-corpo.
Nesse sentido, o QUILOMBO entende que sua metodologia de trabalho foge completamente da linha ocidental que pensa uma VISUALIDADE apartada do conunto do campo sensório. Ou seja, o Laboratório investiga uma ARTE VISUAL com – e a partir de – o olfato, o tato, a sonoridade e o paladar.
Nada diferente do que vemos nas culturas tradicionais populares do condomblé, umbanda e indígenas.
Èṣù Ẹnúgbarijo – Na mitologia ancestral Iorubá o deus (orixiá) Exu é chamado de Ẹnúgbarijo, a boca que tudo come. Orixá com o qual começamos o Xirê (festa)Senhor da comunicação – A Pimenta é capaz de reforçar o poder das palavras quando algumas de suas sementes são mastigadas liturgicamente. A pimenta potencializa o verbo para ligarmo-nos ao Senhor da comunicação, Exu.Alabô asó funfún – Alabô asó funfúné a saudação ao Exu Lalú, que é o Guardião que veste Roupa Branca.autorretrato – autorretrato a partir da pesquisa da corporeidade de Dona Maria Mulambo, uma pombagira, entidade afro brasileira das ruas e encruzilhadas.Ogun – O Deus Ogun, orixá da guerra e dos metais.Bàbá Irin – Bàbá Irin (Pai, senhor do ferro)Calunga Grande – Deusa Yemanjá cuidando com as águas salgadas ( lágrima, suor e mar) das feridas de seu filho Omolu. A Deusa é a regente da Calunga Grande, para os iorubás, o mar é o grande cemitério.Iemanja – Iemanjá, a Dona de todas as cabeçasRainha do Orì – Iemanjá, mãe de todos os orixás.YÈYÉ OMO EJÁ – O nome Iemanjá tem origem no idioma africano yorubá. O termo Yéyé Omó Ejá, significa mãe cujos filhos são peixesCATENDÊ – CATENDÊ ou Ossãe é o “farmacêutico” entre os orixás. Dono dos mistérios e poderes das folhas. Na mitologia Iorubá: Kó si ewé, kó sí Òrìsà (sem folhas não há orixá)Agbà – Agbà,na tradição do candomblé, são as mulheres mais velhas. Respeitadas, elas tem a função de ensinar para os mais novos o conhecimento dos nossos antepassados africanos e dos Orixás.Nàná Bùkùkú – Nàná Bùkùkù (a mãe da morte) é a Deusa que nasceu com o próprio mundo, ela pariu a si mesma. Seu reino é a Lama, os manguezais, locais nascedouros da vida. Ela encarna o ciclo morte-vida/vida-morte.Eléèjìgbó – Otemplo principal do Deus Oxaguian é em Ejibô, estado de Oxum, onde ostenta o título de Elejibô (Eléèjìgbó), ou Rei de Ejibô. É o Orixá com o qual encerramos o Xirê (festa)
Leaħ é mulher trans, negra, artista visual, performer, favelada e candomblecista. É diretora artística do laboratório de composição de imagem-ritual, um espaço de estudo e pesquisa imagético-afetiva que passeia pelos universos da fotografia, performance e audiovisual e cuja dinâmica de funcionamento está imersa numa ética e numa estética negro-africana.
O QUILOMBO de composição de imagem está comprometido na produção de referências visuais (performance fotografia, audiovisual) de pessoas negras ligadas à sua ancestralidade, realeza e dignidade; referências essas que se contrapõem à imagem midiática sempre ligada à criminalização e à delinquência.
O QUILOMBO DE PESQUISA E COMPOSIÇAO DE IMAGEM-RITUAL é um território suburbano situado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.