Durante as enchentes que devastaram o Vale do Taquari, fotografias emergiram da lama como fragmentos da memória: retratos de infância, casamentos, almoços em família — imagens de anônimos que resistiram ao esquecimento.
Este portfólio parte desses vestígios resgatados para refletir sobre o que permanece quando tudo se perde. Em meio à destruição, as fotografias encontradas contam histórias que nem sempre sabemos a quem pertencem, mas que ainda assim nos dizem respeito. Ao retratar essas imagens, proponho um exercício de escuta visual da memória coletiva, onde o passado borrado pela água ainda insiste em existir.