“ No remexer dos cisco adquire experiência de restolho,
Tem uma dimensão além de pássaro, ele!
Talvez um desvio de poeta na voz,
Influi na doçura do seu canto o gosto da prática de ser uma pequena coisa infinita no chão. “ (Manoel de Barros)
Com olhar voltado para a vida e os pássaros que habitam as cidades, as fotografias foram realizadas na metrópole e no litoral de São Paulo, nas cidades de Peruíbe e Angra dos Reis. O conceito por trás dos registros foi apresentar quem são os pássaros citadinos e como é a vida na floresta urbana. Para a narrativa do projeto, foram feitas três perguntas guias: a) a cidade é uma floresta? b) os pássaros se adaptaram à vida urbana? c) quais são os impactos da interação entre pássaros e cidade? Deste modo, as respostas são encontradas a partir das análises das fotografias.
A sua ideia por trás desta série é levar as pessoas a um caminho alternativo de como ver a cidade. Muitas vezes nos sentimos engolidos pela sua velocidade e intensidade, mas se pararmos para apreciar a vida da floresta ao nosso redor, podemos descansar nossas mentes. No voar dos pássaros, na ventania das árvores, no cheiro da chuva, na forma de ser bicho na cidade, existem sentimentos que nos libertam do caos urbano.