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Guillermo Franco: O real como ficção

Érico EliasbyÉrico Elias
13 de February de 2022
in Profiles
No olho da rua

A busca pela interação entre seres vivos e as inscrições encontradas no espaço urbano está no cerne do trabalho de Guillermo Franco

O fotógrafo Guillermo Franco

No primeiro dia do ano de 2009, Guillermo Franco carregou sua Nikon FM2 com um rolo de filme P&B ISO 400 e saiu para fotografar algo que sempre o maravilhou: a vida cotidiana de Córdoba, região centro-oeste da Argentina. Foi assim que nasceu a série Allí mis Pequeños Ojos, formada por imagens capturadas nas ruas e repletas de graça, ironia, sensibilidade e afeto. A série segue até hoje em aberto e já gerou diversas exposições.

Franco é dono de um estilo poético e descontraído. Suas fotos de rua quase sempre contam a história de uma interação inesperada e ambígua. “O real se revela ficção. O invisível pode ser apreciado graças à imaginação. O trivial, o banal, o supérfluo se tornam válidos quando há uma surpresa. São tomadas diretas, espontâneas, vívidas. O agora se transforma em para sempre e o efêmero se torna eterno”, define ele acerca do seu trabalho.

Até hoje, Franco só utiliza sua mesma Nikon FM2, sem se importar muito com a qualidade óptica da objetiva, sem uma distância focal predileta e utilizando, segundo suas próprias palavras, “o rolo de filme mais barato que encontrar”. Sua escolha tem a ver com o suspense criado pela imagem latente.

“Gosto da fotografia analógica porque ela mantém a chama do segredo acesa. Faz perdurar o instante e a emoção da tomada, do clique. Centenas de instantes inacreditáveis pululam pelo labirinto de minha memória. Talvez alguns jamais virão à luz. Quanto mais demoro a revelar e a ampliar um negativo, mais duradouro é meu prazer”, brinca.

Quando solicitado a dar dicas para quem quer seguir na fotografia de rua, Franco responde de maneira evasiva e poética, com algumas citações, terminando por uma frase de sua própria autoria: “O real é inapreensível tanto quanto o essencial é invisível. E, no entanto, a fotografia é verdadeira, como a vida”.

Exemplo do humor que desestabiliza. Foto: Guillermo Franco
as relações inusitadas entre um gato e um homem com grafite nos muros. Foto: Guillermo Franco

Fotógrafo por amor

O uso do analógico e o prazer sentido em postergar a revelação dos negativos se tornam viáveis na medida em que Guillermo Franco não desenvolve seu trabalho tendo em vista a difusão nas redes sociais ou a comercialização. Seu sustento vem do trabalho como programador no Cineclube Municipal de Córdoba, como crítico e professor de cinema. Assim, o tempo está do seu lado.

“Vivo da fotografia no melhor sentido da expressão ‘viver de’. É a fotografia que me anima, que funciona como uma pulsão de vida, e não os retornos monetários. Não busco me inserir no mercado editorial, pois não me considero documentarista, muito menos no mercado de arte, pois tampouco me vejo como artista. Sou feliz por ser um simples fotógrafo, não profissional, mas literalmente amador, pois pratico por amor”, conta Franco, que esteve no Brasil em 2017 para apresentar seu trabalho no Festival de Fotografia Paraty em Foco.

Quando se trata de referências, Guillermo Franco é generoso e menciona uma série de fotógrafos que admira e estuda: Helen Levitt, Robert Frank, Willy Ronis, Sabine Weiss, Ed van der Elsken, Garry Winogrand, André Kertész, Tony Ray-Jones, Jacques Henri Lartigue, Ramón Masats, Sergio Larrain, Shirley Baker, Tish Murtha, Elliott Erwitt, Lisette Model, Izis, Martine Franck, Édouard Boubat, Viktor Kolar e Diane Arbus em sua primeira fase. Dentre os argentinos, sua obra favorita é a de Jorge Aguirre.

Suas referências vão muito além da fotografia. Bastam algumas menções para se ter uma ideia. “O que leio de John Berger, a tipografia das máquinas de escrever, o som das caixinhas de música, algum verso de Garcia Lorca, o humor cordovês, uma estrofe de Alfredo Le Pera, o enquadramento nas pinturas de Edgar Degas, algum desfoque de William Klein, recordar do meu pai, os romances de John Fante, as mentiras de Federico Fellini…” A declinação termina com uma referência bastante pessoal: “também, é claro, o que façam e digam Julieta e Joaquim, meus filhos”.

Fotógrafo de rua deve estar atento às rimas visuais do cotidiano. Foto: Guillermo Franco
O real como ficção expresso na desproporção entre o menino e a garagem. Foto: Guillermo Franco

Quem é ele

Guillermo Franco nasceu em Córdoba, Argentina, e tem 52 anos. Formou-se em Comunicação e Fotografia. Trabalha desde 2000 como programador do Cineclube Municipal Hugo del Carril, na cidade onde vive, dá aulas e escreve sobre cinema. Pratica a fotografia de rua desde 2009 por paixão. Avesso às novas tecnologias, nunca fotografou com celular, não tem site nem perfil em redes sociais.

No olho da rua

David Gibson: inspiração nos livros

Alexandre Urch: a rua como ela é

Melvin Quaresma: a importância dos coletivos

Matérias publicadas originalmente em Fotografe Melhor 279

Tags: Alexandre UrcharteAugusto MaltaCarlos MoreiraCena de RuacidadesDavid GibsondocumentalElliott ErwittÉrico Eliasfotografia de ruaGerman LorcaGuillermo FrancoGustavo MinasHelen LevittHenri Cartier-BressonMelvin QuaresmaVivian Maier
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