FotoDoc
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • FinalistsNEW !
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • FinalistsNEW !
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
FotoDoc
No Result
View All Result
Home Profiles

Guto Oliveira: fotografia como álibi

FotoDocbyFotoDoc
21 de August de 2024
in Profiles
Árida

Fotografia e ação social se mesclam no Ensaio “Árida”, de Guto Oliveira, um dos finalistas do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024. O trabalho registra a vida no sertão do Piauí, uma das regiões mais secas do Brasil. É realizado desde 2019, em paralelo às atividades da ONG Instituto LUSS, que visa fortalecer o desenvolvimento sustentável, promovendo o acesso à água, segurança alimentar e ativação econômica das comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Vivendo em Dois Irmãos (RS), Guto Oliveira começou a fotografar quando realizou uma viagem de carro pelo mundo com sua família em um Toyota Bandeirantes, passando por diversos países. Para ele, que atualmente pratica a fotografia de rua, de natureza e documental, fotografar é um álibi para sair e explorar cada vez mais, além de ser um meio de expressar sua visão de mundo.

Na entrevista abaixo ele conta os detalhes de seu percurso e do ensaio finalista.

Imagem do Ensaio Árida de Guto Oliveira, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024
Imagem do Ensaio Árida de Guto Oliveira, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?

Tenho 45 anos e sou morador do município de Dois Irmãos, no RS.

Além de ser um fotógrafo independente, sou sócio de uma empresa de representação comercial internacional chamada inout international e presidente da ONG Instituto LUSS, que atua no sertão do Piauí.

Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?

Durante minha juventude, eu cultivava um amor platônico pela fotografia. Era platônico devido aos custos envolvidos na compra de equipamentos, filmes e revelações. Eu vivia no mato, escalando, acampando e viajando de carona pelo Brasil nas férias escolares e queria registrar minhas aventuras, mas pensava no quanto teria que gastar até aprender a fotografar e, no fim, preferia continuar investindo nas aventuras.

Em 2015, comprei minha primeira câmera com um kit de lentes da Nikon para registrar uma grande viagem que faria com minha família. Planejávamos rodar o mundo a bordo de um Toyota Bandeirantes, com o objetivo de transformar o mundo na sala de aula dos nossos filhos. Tirei a câmera da caixa, coloquei no modo manual e não mudei até aprender. Aprendi a fotografar durante essa viagem, que durou quase quatro anos e nos levou a explorar cerca de 30 países.

Foi o amor pela natureza e pelas atividades ao ar livre que despertou meu interesse pela fotografia. Mais tarde, conheci a fotografia de rua de Alex Webb, Gustavo Minas, entre outros, e minha concepção de fotografia mudou completamente. A combinação desses dois estilos e o interesse em explorar e contar histórias mais profundas me levaram ao estudo da fotografia documental.

Faço uma analogia entre esses três estilos de fotografia e a música da seguinte forma:

– A fotografia de natureza é como a música clássica. O fotógrafo posiciona o tripé, como se fosse o suporte para uma partitura, aguarda a luz certa, espera a nuvem passar em determinado ponto do quadro, aguardando todo esse alinhamento acontecer para produzir uma bela melodia. É uma fotografia lenta, de contemplação, paciência e poucas horas de sono.

– A fotografia de rua é como o jazz. Rápida, cheia de improviso e de diálogos entre os elementos da rua. A câmera se transforma em um trompete, recortando e costurando cenas do cotidiano, buscando criar conexões entre pessoas e objetos, luz e sombras.

– A fotografia documental é como o fusion. Aqui, a natureza e a natureza humana se relacionam de maneiras diversas, com o objetivo de contar uma história com múltiplas camadas e facetas distintas.

Amo esses três estilos e vejo a fotografia como um álibi para sair e explorar cada vez mais, além de ser um meio de expressar minha visão de mundo.

Imagem do Ensaio Árida de Guto Oliveira, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024
Imagem do Ensaio Árida de Guto Oliveira, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2024. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?

“Árida” é um projeto muito especial para mim, pois fala de um povo sensacional com o qual tenho me relacionado há mais de cinco anos, trabalhando nas ações do Instituto LUSS. Esta ONG visa fortalecer o desenvolvimento sustentável de comunidades do sertão, promovendo o acesso à água, segurança alimentar e ativação econômica das comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade social. O projeto “Árida” está sendo desenvolvido no sertão do Piauí, em comunidades rurais localizadas no entorno do município de São Raimundo Nonato, no território da Capivaram.

Este projeto aborda a resiliência, a escassez de recursos e a abundância da vida em uma região tão árida quanto o nosso sertão. Também fala sobre os desafios enfrentados por aqueles que moram em um lugar tão inóspito quanto a caatinga, mas que amam essa terra e desejam permanecer e se desenvolver ali.

“Árida” é um projeto de longo prazo, iniciado em 2019, que espero transformar em livro no futuro.

Imagem do Ensaio Árida de Guto Oliveira, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024
Imagem do Ensaio Árida de Guto Oliveira, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?

Também desenvolvo um projeto documental de longo prazo no Pampa gaúcho chamado “HUACHU”. Nele, venho documentando as transformações socioambientais que estão ocorrendo no bioma e na cultura gaúcha. No aspecto ambiental, há uma grande supressão dos campos nativos pela ação humana, especialmente pelo avanço da lavoura. No lado social, percebe-se um desinteresse geral das novas gerações pela cultura do gaúcho e pela lida campeira, um conjunto de habilidades desenvolvidas ao longo de séculos, resultantes da amálgama entre a cultura dos povos originários do pampa e os povos europeus.

Em parceria com o fotógrafo Tadeu Vilani, tenho um projeto de fotolivro em andamento sobre os dois últimos carreteiros do Rio Grande do Sul. São homens que ainda vivem de levar seus produtos para vender na cidade usando carretas, sendo verdadeiros fósseis vivos da cultura gaúcha.

Além disso, desenvolvo um ensaio chamado WURZEL, financiado pela Lei Paulo Gustavo, onde estou documentando as raízes que a colonização alemã plantou há dois séculos em minha cidade e as raízes que estão sendo plantadas pelos novos imigrantes, que fazem a nossa comunidade ser o que é atualmente.

Em 2025, devo iniciar outro projeto documental de longo prazo investigando o tema da erva-mate.

Conheça os finalistas do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Tags: documentalGuto OliveiraFotoDoc Photo Contest 2024
FotoDoc

FotoDoc

FotoDoc - Festival de Fotografia Documental, de 4 a 8 de novembro de 2025, Panamericana Escola de Arte e Design, São Paulo (SP)

Related Posts

After the Rain
Profiles

Priscila Ribeiro: After the rain, the resilience that is reborn from the waters

Photographer Priscila Ribeiro creates a body of work that transforms the lens into an instrument of welcome, denunciation, and...

byFotoDoc
15 de September de 2025
The Sertão is as Vast as the World
Profiles

Júlia Braga: Memory, faith, and the visual heritage of the Minas Gerais sertão

Photographer Júlia Braga, from Minas Gerais, creates a body of work deeply rooted in affective memory and the traditions...

byFotoDoc
15 de September de 2025
Nero
Profiles

Bruno Corisco: Visual mockery as a weapon of communication

Photographer and musician Bruno Corisco builds an unorthodox visual practice that moves between mockery, Jungian psyche, and the exploration...

byFotoDoc
15 de September de 2025
Infinite Mirror
Profiles

Saulo Augusto Jr: Urban windows and the poetry of collective everyday life

At 41 years old, a father of three, and a territorial development strategist at the startup Polvo Lab, Saulo...

byFotoDoc
13 de September de 2025
Drought in the Sertão
Profiles

Noilton Pereira: Solidarity photography in the sertão of Bahia

Photographer Noilton Pereira, from Bahia, builds a photographic practice deeply rooted in the sertão (backlands) of Bahia and in...

byFotoDoc
13 de September de 2025
The Great Guardians
Profiles

Kity Ramos: The ancestral strength of the great guardians

Documentary photographer Kity Ramos, from São Paulo, creates a body of work dedicated to preserving memory and celebrating the...

byFotoDoc
13 de September de 2025
  • Home
  • Contest
  • Festival
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • Finalists
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English

Vertente Fotografia © 2023