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Ian Cheibub: construir pontes, quebrar estereótipos

FotoDocbyFotoDoc
15 de August de 2024
in Profiles
Golgotha

Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Como grande parte dos fotojornalistas, Ian Cheibub começou sua trajetória cobrindo hard news, pautas de interesse pontual e muitas vezes de caráter sensacionalista, que atraem instantaneamente o leitor / consumidor e no dia seguinte são esquecidas, no fluxo incessante do noticiário. A demanda pela rapidez acima da qualidade e da profundidade passou a incomodar o fotógrafo, levando-o a investir em histórias com mais tempo, calma e recursos.

Surpreendido pela eleição de Bolsonaro em 2018, acompanhada pela ascensão vertiginosa de ideias da extrema direita no debate público, Ian Cheibub decidiu investigar a fundo a natureza desse fenômeno, tendo como ponto focal as religiões evangélicas. O resultado dessa investigação é o projeto Golgotha, que envolveu registros realizados em diversas partes do Brasil.

Um recorte desse trabalho está entre os finalistas do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024. Entenda a gênese a abordagem de Golgotha e conheça um pouco mais sobre o trabalho de Ian Cheibub na entrevista abaixo.

Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024
Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?

Tenho 25 anos, vivo e trabalho no Rio de Janeiro.

Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?

Eu comecei a fotografar cobrindo pautas de hard news para pequenas agências no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, sempre desenvolvi meus projetos autorais em paralelo. Eu acordava às 5 horas da manhã, pegava várias conduções de Niterói, onde eu morava, para o Rio. Como a demanda pela rapidez das fotos era maior do que a demanda pela qualidade, isso sempre me incomodou no jornalismo. Aos poucos eu fui deixando o hard news de lado e apostando em histórias com mais tempo, calma e recursos.

A fotografia se mistura muito com a minha vida e a minha prática artística. Eu vejo a foto como uma lupa que me permite olhar com mais atenção para os eventos e processos que me intrigam. A partir dela, eu começo as investigações na minha pesquisa. Nesse sentido, é muito importante no meu processo utilizar a fotografia também como uma forma de construir pontes e quebrar estereótipos.

Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024
Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2024. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?

O Golgotha é um trabalho que eu venho desenvolvendo desde 2018. Com a vitória do Bolsonaro, eu e uma grande parte do Brasil se perguntou como isso era possível e os motivos que o explicavam. Ao invés de defender uma ideia fechada na minha cabeça, eu fui tentar entender como esse processo (de convencimento, hegemonia e cultura) se deu. Para mim, os evangélicos eram a parte mais importante disso tudo, e eu me recusava a defender a narrativa do “crente ignorante enganado pelo pastor”, até porque isso implicava em dizer que metade do meu país era ignorante ou fascista.

Desde o início eu sabia que era um movimento muito mais complexo, plural e não-linear. A partir disso, eu voltei para a minha pesquisa de vida, que é entender como as Brasilidades (invenções de formas de existir que são particulares do Brasil para que a vida seja possível) mudam, se adaptam e subvertem a cultura que vem de fora, para uma outra coisa particularmente nossa.

Concomitantemente, eu fui comissionado por uma revista alemã para fotografar e produzir uma grande reportagem sobre esse tema. Nesse período, eu pude viajar para grande parte do Brasil para conhecer como diferentes comunidades expressavam o que era ser evangélico hoje. O que eu pude constatar é que 1- não existe uma noção “pura” do crente, 2- cada região/povo se apropria dos seus próprios universos, problemas, soluções para adaptar o que é seguir os caminhos de Jesus para suas próprias realidades. Ao longo do trabalho, documentei comunidades indígenas na Amazônia e no Cerrado, periferias de Salvador, traficantes evangélicos no Rio de Janeiro, os fiéis da igreja do Silas Malafaia, a bancada evangélica em Brasília, um grupo para-militar evangélico na Amazônia, entre outros.

Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024
Imagem do Ensaio Golgotha de Ian Cheibub, finalista do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?

Junto com o Golgotha, atualmente eu estou desenvolvendo um projeto chamado de Alumbre na Macaia. Eu sou a quinta geração de uma casa de Umbanda em Niterói, onde a minha avó é mãe de santo há mais de 60 anos.

Para contar a história da minha família, eu desenvolvi uma técnica em que eu utilizo o banho de ervas que utilizamos para nos purificar e proteger enquanto tecnologia ancestral nos próprios negativos que fotografo no terreiro, literalmente banhando-os antes de revelá-los. Nesse sentido, há um jogo duplo que intersecciona estética e poética. Por um lado, através dos banhos há uma visualidade marcada pelos acasos, rasgos e acidentes. Por outro, há o ato de banhar meus irmãos de santo, presentes em forma de luz nos negativos.

Com esse trabalho, quero lançar um livro e fazer exposições para os próximos anos.

Conheça os finalistas do Prêmio Portfólio FotoDoc 2024

Tags: documentalIan CheibubFotoDoc Photo Contest 2024
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