FotoDoc
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • FinalistsNEW !
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • FinalistsNEW !
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
FotoDoc
No Result
View All Result
Home Profiles

J. Lee Aguiar: experiência pessoal e luto coletivo

FotoDocbyFotoDoc
20 de July de 2023
in Profiles
Atotô: um processo de cura

Sem título 2, da sessão 'busca do corpo no necrotério do hospital'

J. Lee Aguiar começou a fotografar com apenas cinco anos de idade. Atualmente com 27 anos já tem uma produção considerável como fotógrafa, videomaker e produtora cultural. Considera a fotografia como uma ferramenta de conexão com a realidade e um exercício contínuo de construção da memória coletiva.

Foi do cruzamento da memória coletiva com uma vivência individual que nasceu a série “Atotô: um processo de cura”, finalista da categoria Ensaio do Prêmio Portfólio FotoDoc 2023. O trabalho expõe o luto pela perda de seu pai, o jornalista Álvaro de Brito Duarte, morto por Covid-19 em 16 de junho de 2021. As imagens mostram o enterro, sua avó ao receber a notícia e sua mãe saudando Iemanjá.

Um ensaio corajoso, que exprime um ponto de vista pessoal ao mesmo tempo em que promove uma reflexão mais ampla sobre os impactos da pandemia na sociedade brasileira. Segundo levantamento da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), o Brasil é o país em que mais morreram jornalistas no mundo.

Conheça um pouco mais do trabalho de J. Lee Aguiar e seus projetos atuais.

Sem título 7, da sessão ‘o corpo chega ao cemitério’
Sem título 12, da sessão ‘procissão

Quantos anos tem? Onde vive e trabalha atualmente?

Sou jornalista, fotógrafa, videomaker e produtora cultural. Tenho 27 anos e sou de Goiânia, Goiás. Em relação ao meu trabalho, estou envolvida com fotografia, videografia e produção no coletivo de arte contemporânea Müquifü Cultural.

Conte um pouco da sua trajetória pessoal na fotografia. Quando começou a fotografar e por que? Qual papel tem a fotografia em sua vida?

Eu comecei a fotografar muito nova, com apenas 5 anos de idade. Meus pais, que também são jornalistas, tinham um programa de ecoturismo e meio ambiente no SBT local, então eu acompanhava e viajava muito com eles, que logo perceberam e estimularam meu interesse pela fotografia.

Nessas viagens eu fotografava as pessoas que eles entrevistavam, as paisagens, a natureza e, com o passar dos anos, eu fui me interessando em fotografar a realidade social que atravessava as pautas ambientais. O interesse pela imagem foi crescendo com o tempo, até que entrei no curso de jornalismo e lá descobri a possibilidade de me tornar fotojornalista, ou como eu gosto de dizer, fotógrafa documental.

Minha trajetória profissional perpassa profundamente pelo desejo de retratar os movimentos sociais ligados aos direitos humanos, na perspectiva de trazer um olhar mais pessoal para as pautas jornalísticas.

A fotografia, para mim, é uma ferramenta de conexão com a realidade. Hoje eu percebo que a fotografia é um eterno exercício de construção da memória coletiva, onde eu posso me colocar como sujeito da história. No jornalismo a factualidade tende a afastar o sujeito fotógrafo dos temas de cobertura, mas, pessoalmente, eu busco sempre estar presente como agente dentro de todas as minhas coberturas e projetos documentais, algo que transforma profundamente a semiótica da minha produção.

Sem título 25, da sessão ‘sepultamento’
Autorretrato

Conte um pouco sobre seu trabalho finalista do PPF 2023. Quando e onde foi realizado? Qual a proposta? De que maneira e em que medida ele se encaixa em sua produção fotográfica?

 O projeto “Atotô: um processo de cura” é uma série documental sobre a morte do meu pai, Álvaro de Brito Duarte, jornalista morto por Covid-19 em 16 de junho de 2021. As fotografias foram tiradas durante o enterro, com caixão velado (respeitando as regras sanitárias do momento). O ensaio também é composto de retratos da minha avó ao receber a notícia da morte de seu filho mais novo e fotos de minha mãe saudando Iemanjá. Todos os registros foram feitos em Recife, Pernambuco.

O Brasil foi o país onde mais morreram jornalistas por Covid-19 no mundo, segundo levantamento da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas). Apesar da categoria ser uma das que não parou com o trabalho presencial durante a pandemia, a vacinação prioritária foi negada pelo Governo Federal durante meses, o que acarretou o alto índice de mortes.

Álvaro foi um jornalista brilhante, ganhou diversos prêmios de jornalismo ambiental durante sua carreira, sendo uma referência para a categoria em Recife, Goiânia, Brasília e Palmas, cidades onde trabalhou. Só na redação em que trabalhava, outros cinco profissionais morreram de Covid-19 na mesma época.

O projeto visa colocar a memória das vítimas da Covid-19 no centro do debate. “Atotô: um processo de cura” cria um ambiente fúnebre, corajoso e, ao mesmo tempo, acolhedor para que o público possa sentir esse luto coletivo, criando um processo profundo de reflexão sobre a pandemia e suas consequências para a sociedade.

O ensaio possui um caráter inegavelmente pessoal, porém, também traz a factualidade jornalística para o debate, algo que tende a ser recorrente em meu trabalho como fotógrafa documental.

Sem título 33, da sessão ‘saudação à Yemanjá’
Vó Ana após saber da notícia da morte de seu filho

 Em quais projetos trabalha atualmente? Quais seus planos para o futuro próximo em termos de produção fotográfica?

 Atualmente eu venho buscando me conectar com temas que, de alguma forma, atravessam minha individualidade. O projeto “Atotô: um processo de cura” foi um grande divisor de águas em minha produção artística e, apesar de todo o trauma, me fez perceber a potência de assumir que eu posso conectar o fotógrafo à pauta de cobertura.

Então, meus projetos atuais dizem muito sobre quem eu sou como pessoa. Estou realizando um projeto longo onde retrato os terreiros de candomblé da minha cidade, entrevistando os dirigentes destas casas e ouvindo seus relatos de como a espiritualidade permeia suas vidas.

Também estou editando um fotolivro, que está em fase de finalização, o “História nossa de cada dia”. O livro é composto por fotos de movimentos sociais como as manifestações contra o golpe da Dilma; Ocupações nas universidades contra a PEC-241; Protestos diversos contra a PEC em Goiânia e Brasília; manifestações pré-eleições de 2018; movimento LGBTQIA+; Movimento Negro e Indígena em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília; que aconteceram nos últimos 8 anos (2015 – 2022), com textos jornalísticos de apoio.

Além desses projetos, também estou focando em organizar coleções em fine art de minhas obras para disponibilizar em galerias e no mercado de arte contemporânea.

Para o futuro, tenho buscado formas de realizar ensaios documentais (misturando jornalismo e arte) sobre as comunidades indígenas e quilombolas da Região Centro-Oeste. Esse é um tema, em particular, que me interessa profundamente: a relação dos povos originários com a preservação ambiental e suas cosmovisões.

Tags: documentalJ. Lee AguiarFotoDoc Photo Contest 2023
FotoDoc

FotoDoc

FotoDoc - Festival de Fotografia Documental, de 4 a 8 de novembro de 2025, Panamericana Escola de Arte e Design, São Paulo (SP)

Related Posts

After the Rain
Profiles

Priscila Ribeiro: After the rain, the resilience that is reborn from the waters

Photographer Priscila Ribeiro creates a body of work that transforms the lens into an instrument of welcome, denunciation, and...

byFotoDoc
15 de September de 2025
The Sertão is as Vast as the World
Profiles

Júlia Braga: Memory, faith, and the visual heritage of the Minas Gerais sertão

Photographer Júlia Braga, from Minas Gerais, creates a body of work deeply rooted in affective memory and the traditions...

byFotoDoc
15 de September de 2025
Nero
Profiles

Bruno Corisco: Visual mockery as a weapon of communication

Photographer and musician Bruno Corisco builds an unorthodox visual practice that moves between mockery, Jungian psyche, and the exploration...

byFotoDoc
15 de September de 2025
Infinite Mirror
Profiles

Saulo Augusto Jr: Urban windows and the poetry of collective everyday life

At 41 years old, a father of three, and a territorial development strategist at the startup Polvo Lab, Saulo...

byFotoDoc
13 de September de 2025
Drought in the Sertão
Profiles

Noilton Pereira: Solidarity photography in the sertão of Bahia

Photographer Noilton Pereira, from Bahia, builds a photographic practice deeply rooted in the sertão (backlands) of Bahia and in...

byFotoDoc
13 de September de 2025
The Great Guardians
Profiles

Kity Ramos: The ancestral strength of the great guardians

Documentary photographer Kity Ramos, from São Paulo, creates a body of work dedicated to preserving memory and celebrating the...

byFotoDoc
13 de September de 2025
  • Home
  • Contest
  • Festival
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English
No Result
View All Result
  • Home
  • Contest
    • FotoDoc Photo Contest 2025
      • Finalists
      • Selected Works
      • Guidelines
    • FotoDoc Photo Contest 2024 – Winners
    • FotoDoc Photo Contest 2023 – Winners
  • Festival
    • FotoDoc Festival 2025
    • FotoDoc Festival 2024
    • FotoDoc Festival 2023
    • FotoDoc Festival 2022
  • About
  • Portuguese (Brazil)
  • English

Vertente Fotografia © 2023