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José Bassit e a fé do brasileiro

Érico EliasbyÉrico Elias
1 de May de 2023
in Profiles
Em busca de profundidade

Foto: José Bassit

O grande projeto documental do paulistano José Bassit resultou na publicação do livro Imagens Fiéis pela editora Cosac Naify, em 2004. Tudo começou em 1998, quando ele era fotógrafo do jornal O Estado de S. Paulo e sentia vontade de registrar um Brasil mais autêntico.

“Fui aconselhado por um colega do jornal a ir a Juazeiro do Norte, no Ceará, terra de Padre Cícero. Peguei o equipamento e fui para a festa de Finados, em novembro de 1998, e descobri que era exatamente o que eu queria documentar: a fé e a esperança dos brasileiros. Foi paixão imediata, tanto que voltei mais seis vezes. Também fui descobrindo, através de relatos de amigos, que existiam outras grandes manifestações religiosas por todo o Brasil e aí começou meu envolvimento com o tema”, recorda Bassit.

O projeto levou cinco anos para ser concluído, de 1998 a 2003, e consumiu todas as reservas financeiras que ele tinha. Bassit realizou 27 viagens, por 7 estados. A publicação do livro por uma editora de renome contribuiu para consolidar o trabalho documental como uma marca dele. Tanto que até hoje Imagens Fiéis rende exposições. Em 2020, o material está programado para ser exibido na Galeria Imágicas, em São Paulo (SP), entre os meses de abril e maio. Além do Brasil, já foi mostrado na Inglaterra, na França, em Moçambique e no Chile.

Atualmente, Bassit trabalha em dois projetos de maneira simultânea. Em Baixo Augusta, documenta a noite em uma das regiões mais boêmias da cidade de São Paulo. Há alguns anos, ele acompanha as festas de Iemanjá em Praia Grande (SP) e planeja juntar esse material ao registro de outras festas religiosas celebradas nas águas, cujo título provisório é Senhora das Águas.

O primeiro ensaio documental dele foi feito no metrô de Londres, Inglaterra. Era 1984, ele havia acabado de se formar e foi passar um ano fora para aprender inglês. Os ares londrinos foram decisivos na escolha da fotografia como caminho profissional, pois permitiu a ele entrar em contato com um circuito de galerias e livros que existia de maneira ainda muito incipiente no Brasil.

Foto: José Bassit
O fotógrafo gosta de usar a zoom 24-70 mm para se aproximar da cena sem interferir. Foto: José Bassit
Foto: José Bassit

Fator financeiro é crucial

Para José Bassit, a principal característica da fotografia documental está na oportunidade de se aprofundar no tema escolhido, registrando um pouco da época em que se vive. Mas liberdade de ação no documentário fotográfico também cobra o seu preço. “Com certeza, o fator financeiro é o mais importante no trabalho documental, pois raramente se tem patrocínio para esse tipo de projeto. O trabalho comercial foi o que bancou meus projetos pessoais. Sendo assim, você está sempre no limite de verbas”, constata ele, que atualmente faz poucos trabalhos comerciais e se dedica a dar aulas e a buscar a inserção de suas fotos em galerias de arte.

Por causa da grande cumplicidade com as pessoas que fotografa, Bassit conta que nunca pediu autorização para uso de imagem e que jamais teve problemas com isso. “Mas fiz um grande trabalho sobre as barbearias de São Paulo, entre 2003 e 2004, e não peguei nenhuma autorização dos barbeiros. Isso acabou atrapalhando na hora de buscar a publicação de um livro, pois as editoras para quem ofereci só aceitavam publicar com as autorizações”, explica ele, que tem o material parado. “Vários dos barbeiros já morrerem e hoje nem tem como pedir mais autorização. Ir atrás das famílias pode ser uma solução, mas ainda não resolvi isso”, diz ele.

Com relação ao equipamento, utiliza o absolutamente essencial: DSLR Canon acompanhada das objetivas 24-70 mm, 50 mm e 70-200 mm. “Praticamente uso só a 24-70 mm, pois gosto de chegar perto do assunto a ser fotografado, mas sem interferir na cena”, explica. O uso da luz ambiente também é uma constante no trabalho dele, que muito raramente lança mão de um flash compacto dedicado. Ele considera que o tripé é um acessório fundamental para conseguir bons retratos em situação de baixa luz.

Bassit migrou para o digital somente em 2012, quando passou a tratar os próprios arquivos. Antes disso, contava com bons laboratoristas para revelar e ampliar suas imagens. “Quando estou fotografando, tento interferir o mínimo possível no que está acontecendo diante de mim. Sempre trato os fotografados com muito respeito. Geralmente volto aos lugares e presenteio os envolvidos com seus retratos”, explica.

Foto: José Bassit
Foto: José Bassit

Quem é ele

Nascido em São Paulo (SP), em 1957, José Bassit começou a se interessar pela fotografia quando fazia faculdade de Comunicação Social. Em 1984, morou um ano em Londres, quando a fotografia entrou de vez em sua vida. De volta ao Brasil, começou a trabalhar profissionalmente no jornal O Estado de S. Paulo. Desde 1997, atua como fotógrafo independente. Instagram: @josebassit_fotos.

Em busca de profundidade

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Matérias publicadas originalmente em Fotografe Melhor 281

Tags: cultura popularhighlightsdocumentalÉrico EliasJosé Bassitreligiãosertão
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