O que você gostaria de ter sido quando cresceu?
Tendo como ponto de partida essa reflexão, o ensaio Arquitetos de Mundos Imaginários é um desejo de ruptura com o futuro do pretérito em busca de um novo vir a ser. As imagens, captadas numa incursão afetiva pela Universidade de São Paulo, que frequentei no final dos anos 1980, ainda muito jovem, têm como ponto de partida a rigidez formal expressa nos espaços da Faculdade de Educação, confrontando-os, em seguida, com os cenários libertários do edifício da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, a poucos metros dali.
Idealizado por João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, em sintonia com as mudanças na educação universitária dos anos 60, de arquitetura brutalista, o edifício da FAUUSP se torna, no final dos anos 1960, um marco da arquitetura moderna brasileira, destacando-se pela fluidez espacial e pela ampla praça interna.
Nesse espaço que inspira a (re)invenção de anseios, desejos e sonhos, gestados no frescor dos novos começos e expressos nas intervenções dos estudantes que estão por todo lado, nas paredes, nos cartazes e até na disposição do mobiliário, fui buscar o frescor de uma energia potencial prestes a se realizar.