Este é um ensaio visual sobre a fugacidade da vida, onde cada registro oscila entre o sublime e o esvaecimento, tal como memórias que se desfazem em meio ao ritmo frenético da atualidade. Inspirado nas luzes e cores dos impressionistas, nas paisagens turbulentas de Turner e no absurdo do surrealismo, as imagens revelam corpos que se dissolvem — fantasmas de carne e osso cujos momentos de lazer e conexão existencial brilham efêmeros, como passageiros anestesiados por suas mentes consumidas pelo trabalho e o esgotamento diário.
A beleza de um cenário natural e ameaçado se encontra em um mesmo palco que a impotência e a desesperança. “Ensaio sobre a Impermanência” é, assim, um recorte das contradições e loucura do ritmo da contemporaneidade em um planeta à beira do colapso; do desejo humano de permanecer contra uma “maré” que dissolve o significado dos instantes e o fôlego dos transeuntes à deriva.