Manaus se revela nos intervalos: entre prédios antigos e fios elétricos, entre escadas que sobem e não levam a lugar algum, entre o rio que sustenta a cidade que resiste. Este ensaio percorre o centro, o porto e os vazios urbanos como testemunhas de uma cidade que existe no tempo, mas também fora dele.

A escada conecta o espaço construído entre à paisagem natural. No topo, a vista da Floresta Amazônica rompe a geometria urbana e revela o contraste entre o concreto e o verde.

Em um dia de feriado, o centro de Manaus se esvazia. A ausência de pessoas evidencia a arquitetura, as ruas e o ritmo suspenso da cidade.

Após a ponte, o rio acompanha o movimento de saída de Manaus. A paisagem marca a transição entre o espaço urbano e o caminho que afasta da cidade.

Em meio ao fluxo da cidade, os livros resistem como abrigo de memória e do pensamento.

Entre o desgaste e a imponência, a memória ainda ocupa espaço na paisagem urbana.

Nem tudo em Manaus é movimento. Há lugares onde o tempo apenas observa.

O espaço público é feito de passos rápidos, encontros breves e histórias que não se cruzam.







