GOLGOTHA: Em hebraico, “O Lugar da Caveira”. Na Bíblia, a colina onde Jesus foi crucificado. No Império Romano, a pena mais cruel. Em Israel, o principal ponto de peregrinação.
O Brasil contemporâneo traz esse duplo sentido de Gólgota: um território onde é uma máquina de moer gente, mas também lugar de sacrifício, ressurreição e ressignificação de significados.
Proponho contar esta história a partir da perspectiva de indivíduos que parecem ter pouco em comum, além de compartilhar sua fé. No entanto, seus sonhos, ambições, desejos de uma vida melhor explicam e complexificam a compreensão do que significa ser evangélico no Brasil contemporâneo.
O projeto busca compreender as diferentes faces da evangelização no país, procurando encontrar as lacunas entre o bíblico e o tupiniquim, o Jesus verde e amarelo e as particularidades que os cristãos brasileiros trazem. A partir de uma extensa documentação de evangélicos em terras indígenas, favelas, comunidades rurais, militares e periferias, eu me proponho a olhar o lugar onde as pessoas depositam sua fé, seus sonhos e principalmente suas angústias e ambições.