Nascida dentro de sua própria casa, Judith Lopes de Souza aprendeu a tecer o cipó-imbé com a terceira esposa de seu pai. O aprendizado que recebeu ainda muito jovem, com os anos, tornou-se fonte de renda para ela e outras famílias da comunidade em que é vista como líder. Durante a vida, a mulher reinvindicou o acesso ao básico e após comandar um abaixo-assinado, conquistou a implantação de energia elétrica na região. As mãos calejadas expõem as marcas da luta, e, rápidas, transformam o cipó em arte. Agora ela pode acender a luz, ligar a TV e tecer até à noite. Como ela mesmo diz, não mora sozinha. Moram ela e Deus.
Minhas saudades passam pelos rios…
“A memória de um pode ser a memória de muitos, possibilitando a evidência dos fatos coletivos.” – Paul Thompson....