Na noite de 23 de dezembro de 2023, a artista circense venezuelana que viajava de bicicleta pelo Brasil, foi vítima de violência sexual, roubo e agressão antes de ser assassinada. Mais um caso entre os inúmeros de violência contra as mulheres.
No noite de 12 de janeiro de 2024, artistas, amigos de Julieta e toda a gente sensibilizada com sua morte brutal noticiada amplamente nas mídias, chega na Cinelândia, Rio de Janeiro.
Tristeza. Revolta. Indignação. Falas comovidas vieram do coração de amigos de Julieta. Discursos de ativistas alertaram mais uma vez sobre a frequência do feminicídio no Brasil. Toda a gente ouvia em silêncio.
Enquanto isso, o céu chorava e molhava ainda mais os rostos em lágrimas por mais uma vítima de homens que se acham donos do corpo e da vida das mulheres.
Mas quando a morte insiste em ficar, a Vida fala mais alto e resiste, insiste, e chama o povo alegre para o show continuar. Bolhas de sabão, brincadeiras, abraços e flores ajudaram trazer Julieta Hernández, mais do que nunca, presente em solo resiliente.
É em movimento, que se quer virar esta mesa.