“! Atención, esto no es teatro. Esto no es arte. Esto es ciéncia ¡!”
Assim é apresentada a MONGA para o público na maioria das vezes… MONGA, a macaca, a inversão do evolucionismo darwiniano, a primata feroz que surge – espantosamente – diante dos olhos dos incautos dentro de uma inocente barraquinha de quermesse. MONGA apesar de ser um truque simples, sua engenhosidade própria mostra-se um fenômeno de resistência cultural, que continua a causar medo aos jovens e crianças e espanto nos adultos, mesmo competindo com as diversões modernas e tecnológicas da contemporaneidade. A macaca MONGA é um mito da cultura popular entre os brasileiros, principalmente os que freqüentavam os parques de diversões nos anos 70 e 80. É um espetáculo conhecido e até cultuado, em que uma linda menina transmuta-se em um selvagem e agressivo símio. É o pesadelo humano moderno se concretizando.
Este ensaio foi realizado no início dos anos 2000, durante um período de descaracterização e até mesmo início de extinção dos parques de diversão e circos, especialmente os mais populares e de periferia onde existiam suas apresentações.