Ao me realocar para os EUA como estrangeiro, enfrentei a solidão sem amigos, família ou mesmo colegas por perto. Na vasta paisagem de Houston, muitas vezes caminho sozinho, limitado por não ter um carro e dependendo de um transporte público deficiente.
Meu mundo se restringe a caminhos familiares: parques, a universidade e jornadas solitárias para esses lugares. Ter uma câmera em mãos provocou uma mudança. Apesar da mobilidade limitada, a câmera tornou-se minha companheira, transformando rotas repetitivas em oportunidades de exploração. Ao capturar a cidade, encontrei alegria no cotidiano, compartilhei sentimentos com estranhos e tornei o período de nove meses, quase totalmente solitário, mais suportável.
A timidez, a adrenalina e a euforia de usar a câmera em lugares inesperados, com pessoas curiosas sobre minhas atividades, me encorajaram a aventurar-me pela cidade. Essas conexões efêmeras através da fotografia me fizeram perceber a importância das conexões humanas, inspirando-me a ir atrás de parentes distantes que visitavam o país e aprofundar relacionamentos com novos amigos.