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O Sagrado

O Sagrado

Maria Clara LandimPorMaria Clara Landim
17 de julho de 2025
em Ensaio

Selecionado no Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

No coração da Comunidade Quilombola de Pinhões, em Santa Luzia, Minas Gerais, o Congado pulsa como uma reza que se move, viva em passos, cantos e cores. É muito mais do que festa: é fé que dança, canta e resiste, bordando em cada gesto um elo com a ancestralidade afro- brasileira. Desde o início do século XX, quando os descendentes de escravizados realizaram uma Ação de Graças no Mosteiro de Macaúbas, uma promessa virou tradição. Reis e Rainhas passaram a conduzir, com devoção, a celebração em honra à padroeira da Comunidade, Nossa Senhora do Rosário, que se tornou símbolo de proteção, força e presença divina em cada canto do quilombo.

As roupas, as músicas, os instrumentos, tudo carrega um sentido profundo. As saias e capas azuis representam o manto de Nossa Senhora, enquanto o branco simboliza a pureza de Cristo. No alto das cabeças, capacetes com doze estrelas reluzem os apóstolos, como coroas que guardam o mistério da fé. Ao som de tambores, violões e caixas, o Congado transforma o território em altar. Cada canto entoado é um saber ancestral transmitido pelos mestres, guardiões da memória, que ecoam nas vozes das novas gerações. Entre os ritos, destaca-se o Catopê, a dança realizada apenas por homens, que une elementos africanos e cristãos, numa expressão vigorosa de louvor.

Tudo gira em torno de Nossa Senhora do Rosário. Dizem que sua aparição em uma lapa próxima à Comunidade firmou ainda mais os laços entre o divino e o chão de Pinhões. O Cruzeiro, mais antigo que a própria igreja, ainda hoje é ponto de encontro sagrado. É em torno dele que a Comunidade se reúne em procissões, festas e rezas, perpetuando uma devoção que atravessa séculos. Mas o Congado não se resume à espiritualidade: ele também se revela na partilha, no alimento, na mesa farta. Cada detalhe da celebração, do preparo à acolhida, transforma a fé em gesto e a tradição em afeto.

Em Pinhões, o sagrado é corpo, canto e memória. É resistência encarnada na beleza da cultura que insiste em florescer, ano após ano, geração após geração.

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Maria Clara Landim

Maria Clara Landim

Maria Clara Landim é uma jovem fotojornalista mineira movida pelo compromisso com os direitos humanos e pela escuta sensível das comunidades invisibilizadas. Graduada em Jornalismo, desenvolve projetos que unem imagem, denúncia e memória, com ênfase em temas como ancestralidade, território e pertencimento. Seu olhar crítico é fruto de vivências e escutas aprofundadas, como no fotodocumentário “Raízes do Viver”, resultado de seis meses de imersão na Comunidade Quilombola de Pinhões (MG). Ao longo de sua trajetória, Maria Clara tem buscado resgatar histórias silenciadas, tornando a fotografia uma ferramenta de transformação social. Atua também como jornalista nessa Comunidade, criando estratégias que fortalecem a identidade e a autonomia de comunidades tradicionais. Acredita na potência do registro como forma de reparação histórica e constrói sua caminhada com ética, afeto e resistência.

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