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Porto Alegre Submersa

Bravura As águas tomaram Porto Alegre em 2024, quando o Rio Guaíba transbordou, cobrindo ruas, invadindo casas e apagando fronteiras entre cidade e rio. Uma enchente histórica, reflexo brutal das mudanças climáticas, deixou marcas na arquitetura e na alma do povo gaúcho. Os bombeiros, em botes, tornaram-se os novos navegantes de um cenário distorcido, onde lojas e fachadas refletem na água barrenta. O impacto foi além dos muros alagados: vidas deslocadas, histórias interrompidas, um grito silencioso da natureza. Porto Alegre, submersa, resiste. Mas até quando a cidade poderá enfrentar sozinha o peso de um clima em colapso? Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)

Porto Alegre Submersa

Marco ResendePorMarco Resende
18 de março de 2025
em Ensaio

Selecionado no Prêmio Portfólio FotoDoc 2025

Reflexos de uma Tragédia Anunciada – Enchente de Maio de 2024

A enchente de 2024 em Porto Alegre se tornou um marco de destruição e desamparo. As águas do Rio Guaíba, antes fonte de vida e identidade para a cidade, transformaram-se em força avassaladora, engolindo ruas, histórias e memórias. O reflexo perfeito dos prédios no espelho barrento da enchente esconde a dor de quem perdeu tudo. O majestoso Paço Municipal, símbolo da arquitetura e da cultura porto-alegrense, agora parece flutuar, cercado por um silêncio inquietante, onde antes a cidade pulsava.

Este ensaio fotográfico documenta mais do que alagamentos. Ele capta o abandono de um povo que confiava em infraestruturas que falharam. As bombas hidráulicas, sem manutenção há anos, não puderam conter o avanço das águas. A lentidão nas decisões públicas tornou o impacto ainda mais severo. Comerciantes viram seus negócios desaparecerem sob a maré suja. Moradores do Centro Histórico foram obrigados a abandonar seus lares, sem luz, sem respostas e, para muitos, sem um destino.

A tragédia não é apenas o alagamento. É o ciclo repetitivo da negligência, a falta de preparo diante de uma mudança climática que já não pode ser ignorada. O Guaíba avisa: o futuro será cada vez mais instável. Mas quem ouvirá esse alerta?

O reflexo no espelho d’água revela uma Porto Alegre distorcida, onde o descaso se mistura à resistência. O que restará quando as águas baixarem? Apenas lama e ruínas, ou o início de uma cidade que finalmente decide se preparar para o que está por vir?

O Centro Histórico da cidade
O Rio Guaíba já não abraça a cidade, agora a engole. Em 2024, Porto Alegre se viu refletida nas águas escuras da enchente histórica, onde o passado e o presente se afogam juntos. O icônico prédio, símbolo de cultura e resistência, paira sobre a inundação como um espelho trágico da crise climática. Palácios flutuam, palmeiras se duplicam, mas a beleza do reflexo não esconde a dor. Famílias desalojadas, comércios devastados, vidas interrompidas. O Guaíba avisa: sem mudança, sem ação, essa imagem pode não ser apenas um evento extremo – mas um prenúncio do futuro.
Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)
Moradores de Rua
A cidade alagada expulsa aqueles que já não tinham para onde ir. No Centro Histórico de Porto Alegre, a enchente de 2024 levou não apenas casas, mas também os poucos pertences dos que viviam à margem. A mochila infantil, agora abrigo de memórias e restos de um passado distante, carrega o peso das perdas. Descalça, a figura segue pelas ruas úmidas, sem chão, sem destino. A crise climática não escolhe vítimas, mas sempre atinge com mais força os que já lutam contra a invisibilidade. No reflexo das águas sujas, o futuro grita: quem protegerá os esquecidos?
Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)
Destroços de uma tragédia
Entre escombros e água suja, um pequeno vulto caminha. A enchente de 2024 em Porto Alegre não levou apenas bens, mas certezas, deixando os mais frágeis à deriva. O Rio Guaíba devolveu à cidade seu próprio lixo, espalhando destroços de uma tragédia anunciada. Crianças pisam em lama e ruínas, colecionando restos de um cotidiano perdido. Quem perdeu tudo, busca o que ainda pode carregar. Entre roupas encharcadas e brinquedos partidos, a infância se desfaz. Na cidade inundada, os menores são invisíveis. O lixo flutua, a água recua. Mas as marcas dessa tempestade, quem apagará?
Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)
Resistência
A enchente de 2024 em Porto Alegre não só alagou ruas, mas afundou sonhos. Pequenos comerciantes, como esse homem, resistem. Com as lojas submersas, restou salvar o que a água suja do Rio Guaíba ainda não levou. Carrega uma caixa, não apenas com mercadorias, mas com a esperança de recomeçar. Enquanto as bombas hidráulicas, há anos sem manutenção, falham, o esforço individual substitui a ausência do poder público. A cidade escorre entre os dedos, mas sua gente não se rende. No reflexo barrento, uma pergunta emerge: até quando Porto Alegre pagará sozinha o preço do descaso?
Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)
Tragédia
O Centro Histórico de Porto Alegre submerso reflete não apenas a fúria do Rio Guaíba, mas a negligência de anos. A água invade casas, soterra histórias e deixa seus moradores à deriva. Sem luz, sem abrigo, muitos vagam sem destino, carregando o que sobrou de suas vidas. A gestão pública falha, enquanto as bombas hidráulicas, sem manutenção, transformam a cidade em uma lagoa de incerteza. Entre passos cautelosos, a senhora de casaco rosa encara a tragédia com resiliência. Mas até quando Porto Alegre precisará resistir sozinha? Quando a política enfrentará a crise climática antes da próxima enchente?
Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)
Luta e Superação
A lama cobriu ruas, lojas e histórias em Porto Alegre, 2024. O que antes era sustento virou entulho, pedaços de sonhos descartados na calçada. Mas entre escombros e água suja, um povo se ergue. De botas e vassouras, mãos firmes limpam o que a enchente destruiu, reconstruindo não só comércios, mas também a esperança. O recomeço se faz na força coletiva, na resiliência de quem não se curva à tragédia. Porto Alegre é mais que a destruição que sofreu. É luta, é superação. A cidade renasce, porque seu povo nunca deixa de acreditar no amanhã.
Fotografia feita com uma NIKON D800 Lente Nikkor 28-300 mm (sem ajuda de drone, de barco e de jetsky)

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Marco Resende

Marco Resende

Marco Resende é natural de Belo Horizonte, mas há muitos anos estabeleceu-se em Porto Alegre. Ele sempre cultivou uma profunda paixão pela fotografia. O que começou como um hobby tornou- se, ao longo do tempo, uma jornada artística e nos últimos anos, consolidou-se em uma carreira profissional. Marco Resende encontrou na fotografia uma forma autêntica de expressão e descoberta. Com uma câmera em mãos, passou a enxergar o mundo através das lentes e seu olhar refinado e sua incansável dedicação levaram-no a aprimorar constantemente suas técnicas, explorando diferentes estilos e abordagens para traduzir suas perspectivas únicas sobre Porto Alegre e o mundo. As viagens sempre representaram para Marco Resende uma fonte inesgotável de aprendizado e inspiração. Cada destino foi uma oportunidade de registrar a riqueza e a diversidade cultural ao redor do mundo, percorreu diversos países, como Japão, Islândia, Noruega, Coreia do Sul, Itália, Suécia, China e Estados Unidos, entre outros. Nessas jornadas, explora paisagens, arquiteturas, cenas urbanas e culturas, acumulando experiências transformadoras que expandem sua visão artística e enriquecem sua criatividade fotográfica.

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