Qual o sentido da vida? O ensaio SOLITUDE busca demonstrar uma relação entre o ser religioso que promove, pela adoração à vida, o culto à ausência; e o ser urbano que não tem tempo para perder com cuidados, tidos como supérfluos. SOLITUDE comprova esta simbiose quando o choro lava o luto e o tempo destrói as lápides, evidenciando o cemitério como um portfólio de fotografias antigas e envelhecidas, coleções de anjos, flores, velas e cruzes que permeiam o ambiente inócuo e solitário.
As imagens, com um viés documental, foram envelhecidas e por que não, “entardecidas”, propositalmente! São fotografias de ambientes imponentes ou humildes, gerando a ideia da existência de um fim, da calmaria e do esquecimento contidos numa romântica urna ou em um mórbido jazigo.